domingo, 6 de abril de 2014

O NOVO MACHO DA MARILU (Cap. 2)

Quarta-feira. Marilu estava no meio de uma pilha de papeis, esbravejando com o estagiário. Andrea chegou de mansinho e perguntou, bem docinha:

− Lulu, o que você vai fazer esta noite?

Dois pares de olhos fuzilaram Andrea. Como ela ousava fazer uma pergunta daquelas?

− Tomar chá, ver novela e ir dormir. Você pensa que eu levo esta vida louca de vocês, que passam a noite em festas e vem para o trabalho bocejando e dormindo nas mesas? Ora esta!
− Quer ir a uma churrascada? Com pagode e tudo.
Marilu estava pronta para dar uma resposta mais desaforada ainda, mas foi pega de surpresa com o convite.

- Churrascada? De quem?
- Lá em casa. Na verdade é aniversário do meu irmão. Vamos?

Marcia se meteu na conversa.

- Vamos, sim , Lulu. Sabe, acho que você precisa se distrair.

Marilu parecia em dúvida.

- Homens. Meu irmão tem vários amigos interessantes.

A dúvida se foi.

- Qual é seu endereço?



Marilu e Marcia chegaram juntas. A churrascada corria solta. Como Andrea tinha dito, havia vários homens. Aliás, mais homens que mulheres. Imediatamente um calorão subiu pelos pés de Marilu, passou pelas canelas, joelhos, coxas e se instalou com força na xereca. Fazia tempo, inclusive, que Marilu não sentia calor naquelas partes.

De longe Vlad observou a cena e fez sua análise: mulher madura, quase 50 anos, um pouco acima do peso, cabelos oxigenados, peito bem seguro pelo sutiã, um pouco insegura. Mas comível. Ele havia visto o carro da Marilu quando elas estacionaram na frente da casa da Andrea. Um belo carro. Já se imaginou dando algumas voltas com ele, azarando as garotinhas.

Andrea chegou por trás dele e cochichou:

- Vem comigo. Vou apresentar vocês dois.

Naquele instante Marilu cumprimentava as pessoas com um aceno de cabeça tímido. Nossa, mas quanto homem junto! Nem quando era mais nova estivera no meio de tantos espécimes belos, fortes e tatuados. Será que teria chance com algum?

- Oi, Lulu! Que honra ter a minha colega mais competente aqui em casa!

Marilu se voltou para falar com Andrea e sua vida, repentinamente, ficou mais colorida. Ela não enxergou a amiga. Atrás dela, emparelhando uma fileira de dentes branquinhos e perfeitos, estava o negro mais lindo que ela já vira na vida. Camisa amarela, calças jeans justa. O volume no meio das pernas parecia promissor.

De novo o calorão. Desta vez mais intenso. Lá no fundo da sua mente escutou a voz da Andrea:

- Marilu, este é o Vlad. Vlad, a Marilu.

Vlad, do alto dos seus 1,90 de altura se curvou um pouco para cumprimentar Marilu. Cavalheiro, ele segurou a mão dela e a beijou suavemente. A xereca pegou fogo quando sentiu os lábios dele na sua pele.

- Encantado, Mari. Posso lhe chamar de Mari, não é?

A voz... Aveludada, quente, perfeita. Marilu tinha uma vaga noção de que estava em uma churrascada. O resto do mundo já tinha deixado de existir.

- Uau... claro. Me chame do que você quiser.

Puta, cachorra, ordinária. É assim que eu gosto de ser chamada.

Andréa segurou o riso e Marcia se afastou para poder gargalhar mais à vontade. Não é que o plano tinha tudo para dar certo?

- Posso pegar uma cervejinha para você – sugeriu ele, cheio de convites na voz.

Marilu odiava álcool.

- Ah… um pouquinho só.

Quando ela se deu conta, estava sentada com ele em uma das mesas mais afastadas. O pagode estava animado, porém nenhum dos dois escutava o som. Vlad sabia estar sendo alvo de todos os olhares. Afinal, ninguém sabia do plano. Tinha certeza que mais tarde seria inquirido sem perdão por estar dando em cima de uma coroa. Mas o que importava? Ela tinha grana e ele queria se dar bem. Pelos olhares que Marilu lhe lançava, era óbvio que a mulher precisava urgentemente ser fodida. Em suma, todos sairiam ganhando.

Uma hora depois, a interação já era total. Marilu estava um pouco alta por causa da cerveja e Vlad não parava de cochichar no ouvido dela. As calcinhas, encharcadas. E ela não conseguia tirar os olhos do pau do Vlad. Ah, como gostaria de abocanhar seu equipamento todo!

- O que foi? – perguntou ele rindo. A véia tava no papo.
- Nada – respondeu Marilu, envergonhada.
- Ah, fala… me conta.
- Você me parece ser bem dotado. Pronto falei.

Vlad riu.

- Quer ver?

A pergunta pegou Marilu de surpresa. Apesar de estar explodindo, queria mostrar que não era mulher que ía pra cama no primeiro encontro ou seja lá o que for que aquilo era.

- Ver?
- Meu pau. 22 centímetros só para o seu prazer.
- Humm... só ver então.
- Claro. Só ver.
- Bom… Onde eu posso…
- Ver meu pau? Simples. Eu vou até o banheiro lá dentro. Você disfarça e vem depois.

...continua...

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