domingo, 27 de julho de 2014

UM CARA SEM PEGADA (2 de 2)

As pernas bambas de Aline a levaram para dentro do prédio e ela logo se viu no elevador. Respirou fundo enquanto subia para o seu ninho de prazer. Somente esperava para que Emerson não a barrasse na porta e não fizesse nenhum escarcéu.

Aline endireitou os ombros quando o elevador parou. Precisava mostrar segurança. Quando a porta abriu saiu com um sorriso confiante nos lábios. Emerson também sorria até ver quem era. Imediatamente ele fechou a cara, não acreditando no que estava vendo.

− Ei, você mentiu para o porteiro. Você não é a Larissa.

Ela caminhou feito uma serpente e parou em frente a ele. Emerson estava sem camisa, revelando suas tatuagens. Dele vinha um perfume muito gostoso.

− Sou a Aline e vim lhe mostrar o que é bom.

Usando de toda sua força, Aline o empurrou para dentro do apartamento e fechou a porta. Quando o encarou novamente, ela afirmou se sentindo a mulher mais poderosa do mundo:

− Agora você vai ver o que é fazer um sexo gostoso.

Ele riu bem debochado.

− Com você?

Ela não gostou muito do tom de voz dele, mas tentou não se abater. Largou a mochila sobre a mesa e com mais força ainda o jogou em direção ao sofá, onde Emerson caiu sentado. O garoto não teve nem tempo de respirar. No momento seguinte, Aline estava montada sobre ele, arrancando o top e puxando a saia para cima. Ela estava sem calcinha para facilitar.

Emerson podia ter reagido, mas não o fez. Aline colocou sua timidez em algum lugar do corpo e o beijou. Ele mal usou a língua, porém o importante era o contato. As mãos urgentes dela procuram a bermuda do garoto e com alguma dificuldade Aline conseguiu abri-las. Esperou que dali fosse sair o maior pau que já tinha visto na vida.
Muito antes pelo contrário.

Cabe esclarecer que o Emerson já estava até de pau duro. Afinal, ele era homem e mesmo que Aline nunca houvesse lhe interessado na vida, a situação ali era inusitada. Por que não aproveitar? Carina estava gripada mesmo... Aline não conseguiu disfarçar a surpresa. O cacete do Emerson não fazia jus a ele. Não era possível. Mas o que era aquilo? Tão pequeno assim? E Carina? Se servia como?

Ela resolveu fazer de conta que aquilo não importava e arrancou o top, mostrando seus seios para o Emerson. Depois tentou se ajeitar melhor sobre o pau dele para ser penetrada de uma vez por todas. Sua empolgação já não era tão grande agora, mas ela se esforçou. Deu alguns gemidinhos quando sentiu a língua dele nos seus peitos. As mãos dele desceram para os quadris dela enquanto Aline se acomodava melhor. Logo sentiu o pau dele entrando na sua bucetinha. Droga, esquecera a camisinha dentro da mochila. Azar.

Aline se mexeu, tentando dar mais animação ao ato. Emerson, pelo contrário, era devagar. Ela, que esperava um sexo selvagem e enlouquecedor, não acreditava no que estava vendo. Até mesmo as mãos que ainda passeavam pelos seus peitos faziam isto sem garra. Não era possível que Carina se sujeitasse a trepadas tão sem graça como aquela.

Emerson fechou os olhos e murmurou palavras que Aline não entendeu. Ela o cavalgou mais rápido, gemeu, puxou os cabelos dele. Ele ficou na mesma. Nem mesmo quando Aline pediu para ele bater na sua bunda, Emerson se animou. Em uma última tentativa de esquentar o clima, Aline levou a mão dele direto para o seu cuzinho. Quem sabe isto fizesse com que Emerson explodisse? Foi pior ainda. O dedo dele nem chegou perto do cu da Aline e, por fim, uns dois segundos antes de ele gozar (sim, ele gozou), a garota foi empurrada para o lado, desabando no chão.

Bem, pelo menos ele não gozou dentro, disse Aline para si mesma sentada no tapete peludo que fazia cócegas na sua bunda. Devagar, sempre devagar, Emerson se levantou, foi até o banheiro e se lavou. Aline olhou as horas. 15h05min. Cruzes! Nunca havia transado assim tão rápido, nem mesmo com o retardado do Miguel.

Quando Emerson voltou para sala encontrou Aline em pé e recomposta, com a mochila nas costas.

− Bem, eu vou indo. Melhoras para Carina.

Ele não disse nada. Nem sequer abriu a porta para ela sair. Inconformada, Aline entrou no elevador, saiu do prédio sem olhar para o porteiro e pegou o celular. Sua melhor amiga precisava ser informada da grande novidade.

− Oi, Debbie. Saí de lá agora. É, foi tudo muito rápido mesmo. E sabe o motivo? ELE NÃO TEM PEGADA.


A decepção foi tão grande que Aline chegou em casa e não saiu mais. Débora bem que tentou animá-la por WhatsApp, mas não teve jeito. Ela, que sonhara ser Emerson um homem perfeito, se sentia sem chão. E o grande mistério da humanidade era saber por que a Carina ainda o namorava. A resposta só podia ser uma: era tão sem graça quanto o próprio.

No outro dia pela manhã Aline se perguntou como faria para encará-lo. Bem, se ele falasse qualquer coisa, Aline revelaria todos os segredos sórdidos daquela transa. Aliás, Emerson tinha mais motivos para temê-la do que ao contrário. Ela chegou uns cinco minutos antes de a aula começar e assim que pôs os pés na sala, percebeu um burburinho, um clima diferente. A maioria dos colegas já havia chegado. No quadro, em letras garrafais, estava escrito bem assim:

O EMERSON NÃO TEM PEGADA.

Por algum motivo aquilo não havia sido apagado ainda. Débora estava sentada e encarou a amiga com vontade de rir. Aline ficou roxa. No fundo da sala estava ele, Emerson, furioso. Os amigos o rodeavam, algumas garotas o consolavam, outros se cutucavam. Ninguém ria, com exceção da Debbie que fazia força para se conter. Aline aterrissou do lado dela sem olhar para ninguém.

− Quem foi que escreveu aquilo? – perguntou fingindo procurar alguma coisa no caderno.

− Eu, é claro – sussurrou ela. – Ele que vá aprender a trepar direito.
− Ele vai achar que fui eu.
− Se ele fizer qualquer coisa contra você, é só escancarar.

Naquele momento, uma das amigas da Carina ­– que continuava gripada e em casa – foi até o quadro e apagou tudo. Pronto. Emerson voltara a ser o que era antes.

O cara perfeito. SQN.

A fama que Emerson ficou fez o namoro com a Carina ir por água abaixo em menos de um mês.

Tudo culpa da Aline. Danem-se os homens sem pegada.


UM CARA SEM PEGADA (1 de 1)

Tudo o que Aline queria era ficar com o Emerson. Não apenas ficar. Ficar ela ficava com a sua bisavó de 90 anos vendo televisão. Aline queria beijar, andar de mãos dadas e abraçar o Emerson.

Sobretudo transar com ele.

Bom, vamos aos fatos. Aline não era uma beleza rara. Cabelos avermelhados (errou o tempo da tintura), 16 anos, magra, sardenta, um pouco tímida. Já tivera alguns namorados, mas tesão mesmo sentia cada vez que olhava para o tal do Emerson. O grande problema era que ele não se prestava nem para lançar um segundo olhar para Aline.

Carina. A namorada do Emerson e o oposto de Aline. Festejada por onde passava, era a atual rainha da escola. Só por aí podemos ter uma ideia da beleza da garota. Boas notas, corpão, Carina se sentia a tal. Era a tal.

Emerson. O gostosão da escola. Fazia o casal perfeito com a Carina. Populares, eram convidados para todas as festas possíveis. Emerson, bronzeado do sol, 18 anos, surfista. Milhares de seguidores nas redes sociais. Até as mulheres mais velhas se atiravam para cima dele. Aline? Quem?

Débora. A amiga inseparável da Aline. Fiel como um poodle. As duas não se desgrudavam nem para ir ao banheiro. Houve quem dissesse que as duas eram um casal e viviam um relacionamento sério. Assunto que foi devidamente encerrado quando Débora acertou um soco certeiro no nariz de quem lançou a fofoca. Pronto, nunca mais alguém ousou dizer qualquer coisa.

− Se eu não posso namorar o Emerson…
− Ele não sabe que você existe.

As duas conversavam baixinho sentadas em um dos bancos da escola. Observavam de longe Emerson mostrar suas habilidades no futebol. A puta da Carina se esgoelava na arquibancada dando apoio ao seu amor.

−… se eu não posso namorar o Emerson – continuou Aline impassível, − ao menos eu poderia transar com ele.
− Ele deve ser bem calçado.                                                                 
− Você acha que ele toparia?
− Transar com você? Pode ser.

Pode ser. Aline se empolgou. Débora era ultra sincera. Se ela achasse que não, teria dito isto com todas as letras.

− Se eu não der pro Emerson vou explodir.
− Você tem que ter em mente uma coisa.
− O quê? – perguntou Aline, entre curiosa e tensa.
− Ele não vai largar a Carina por sua causa.
− Mas eu só quero transar.
− Antes você queria ter três filhos com ele, um cachorro e uma casinha na fazenda.
− Sou realista. Duas horas e nada mais.
− Tudo bem. E o que você pretende fazer?

Lá na quadra Emerson fez um gol. Carina quase tirou a camiseta para comemorar.

− Humpf... baita puta. Bem – e Aline se empertigou, − pretendo atacá-lo.
− Onde?
− Em um lugar onde ele esteja sozinho. Tipo, na casa dele.
− Você vai ter a cara de pau de ir até a casa dele se oferecer? – Débora estava incrédula.
− Duvida? O que eu tenho a perder?

Débora riu.

− Nada. Vá em frente, garota. E leve camisinhas.


A grande chance da Aline levou uma semana para aparecer. Emerson comentou com os colegas que a Carina estava de cama por causa de um gripão e que aproveitaria para passar a tarde toda estudando para a prova de química. Aline enlouqueceu quando soube daquilo. Não seriam duas horas de sexo! Seria uma tarde inteira! O plano foi elaborado às pressas com a ajuda da Débora. Precisamente às 14h45min Aline estava plantada na frente do prédio de luxo onde o Emerson morava, com uma mochila nas costas. De minissaia, botas e uma jaqueta jeans por cima do top, ela havia esquecido que antes de transar com seu amor, precisaria passar pela segurança rígida do condomínio.

O porteiro a olhou de alto a baixo, desconfiado. Aline fez a cara mais inocente possível. Quando encarou o homem lembrou que sequer sabia o andar que Emerson morava.

− Pois não? – perguntou o cara, com os olhos fixos nas pernas dela, o tarado.
− Oi, eu… Bem, eu sou amiga da Carina, a namorada do Emerson. Você sabe quem é o Emerson? Aquele fortão que…
− Sei, sim senhora.
− Então... Minha amiga está doente, não pode sair de casa e pediu para eu vir aqui entregar um caderno pra ele. Será que eu posso subir?
− Qual seu nome?
− Larissa.

A melhor amiga da Carina era outra vaca, cujo nome era Larissa. Com esta mentirinha seria bem mais fácil entrar no prédio. Afinal, o Emerson se dava com ela também.

− Um instantinho, por favor.

Disfarçando o nervosismo, Aline observou o porteiro interfonar para o apartamento. Depois de alguns segundos, ele olhou para ela e disse:

− Pode subir. Apartamento 1003.


sábado, 26 de julho de 2014

O FILHO DO CASEIRO - Erótico (parte 2 de 2)






A recepção foi um sucesso. A casa ficou toda iluminada, com muita música, gente jovem e bonita e diversão. Toninho e seus pais não precisaram ajudar. Uma equipe de eventos havia sido contratada para cuidar de tudo, para alívio de Toninho que continuava envergonhado com o mico que pagara. Além disso, estava decepcionado também. Não imaginava que Tamara fosse tão puta. Como havia sido burro! Na sua cabeça criara a garota perfeita, mas garotas perfeitas não davam a bunda na churrasqueira. Quando o relógio alcançou duas horas da manhã, ele não se aguentou. Saiu escondido de casa e foi ver como estava indo a festa. Na verdade, Toninho ansiava em saber com quem Tamara estava ficando. Seria o mesmo cara?

A festa agora contava com poucas pessoas. Eram cerca de 20 ao redor da piscina. Todos já estavam meio bêbados, inclusive ela. Toninho bem que tentou dar meia volta antes de ser visto, mas o mesmo rapaz que havia trepado com Tamara acabou vendo-o. E fez o alarde:

− Ei, você! Venha aqui!

Toninho ficou parado há poucos metros da piscina, sentindo o sangue subir no rosto. Tamara ficou em pé. Os seios dela siliconados balançaram levemente. Ela estava vestindo apenas a parte de baixo de um biquíni.

− Garoto, chega mais! – gritou ela.

Todo mundo riu. Toninho ficou sem saber o que fazer. Queria voltar para sua cama e esquecer aquilo. No entanto, a visão do corpo de Tamara era algo que o estava deixando louco e de pau duro. Enquanto se aproximava dela sentiu o pau pressionar sua bermuda. Não havia como disfarçar aquilo. Porém, estavam todos bêbados e talvez pouco se importassem com isto. Na manhã seguinte provavelmente não se lembrariam de mais nada.

− O que é isto que você tem entre as pernas? – perguntou Tamara enrolando a língua.
− Meu pau – respondeu Toninho sem meias palavras. – Quer ver?

Silêncio total. Ninguém esperava que Toninho fosse capaz de tamanho atrevimento. Tamara abriu a boca surpresa e fechou em seguida. Não conseguia afastar os olhos do incrível volume que despontava da bermuda dele.

− Quero.

Gritos, palmas, expectativa. Houve quem pensasse que Toninho não teria coragem para tanto. Mas teve. Ele puxou o pau de 22 centímetros para fora da bermuda. As meninas gritaram. Os rapazes emudeceram. Tamara murmurou:

− Não acredito que tudo isto é seu.
− Pode ser seu também.

Nem Toninho acreditava que aquelas palavras haviam saído da sua boca. Tamara sentou na cadeira da piscina, tirou a parte de baixo do biquíni, deitou e abriu as pernas. Toninho estonteou quando viu aquela bucetinha. Ela miou:

− Agora.

O garoto se aproximou ignorando o olhar dos outros. Era uma loucura o que estava prestes a fazer. Podia ser demitido por causa daquilo. E seus pais também. No entanto, seria louco se deixasse aquela chance única da sua vida passar.

A primeira coisa que Toninho fez foi afundar o rosto nas tetas dela. Tamara suspirou. A língua dele passeou pelos bicos enquanto o garoto enchia as mãos acariciando, apertando e depois sugando lentamente cada peito. Tamara se contorceu e gemeu, deixando Toninho mais excitado, se é que isto podia acontecer. Debaixo Tamara se escancara mais, desejando ser fodida de uma vez.

Mas antes ele precisava sentir o gostinho dela. Abandonando os seios da puta, Toninho desceu com a língua pela barriga fazendo círculos até chegar nos pentelhos dela. Tamara não era do tipo que se depilava toda e Toninho ficou ansioso para saber o que se escondia por trás daqueles pelinhos loiros. Ele mergulhou com tudo na bucetinha dela, fazendo com que Tamara se contorcesse e gritasse feito uma leoa. A audiência observava a tudo em silêncio. Parecia que somente os dois estavam ali.

Toninho sentiu o gosto da xoxota de Tamara e delirou. Nunca experimentara nada tão saboroso. Enfiou a língua bem no fundo dela ao mesmo tempo que os dedos exploravam o cuzinho. Tamara gemia e se mexia debaixo dele. Se estivesse sóbria nunca daria para Toninho, ele sabia. E isto pouco lhe importava. O que o rapaz queria era foder Tamara do jeito que fosse. E seria agora.

Afastando o rosto da buceta dela, Toninho se ajoelhou no chão e a puxou para perto de si. Tamara sabia que seria ali, naquele momento, que o caralho duro de pedra do garoto filho dos empregados lhe foderia por completo. O pau entrou sem dó nem piedade e mesmo estando bem molhadinha, ela gritou alto. Toninho sentiu a carne quente e úmida da buceta de Tamara envolver seu pau e não conseguiu mais parar. Meteu e meteu sem se importar com os gemidos dela. Talvez estivesse doendo, pois em alguns momentos Tamara tentou afastá-lo com as mãos como se não aguentasse mais. Antes de gozar, ele virou-a de bruços e deitou por cima dela. Não ía sair dali enquanto não comesse aquela bundinha. E foi ali que ele gozou com tudo. Só teve uma pequena decepção. Pensou que o cuzinho dela fosse bem apertadinho. Mas de tanto a vaca dar o rabo, ele já era arrombado. Mesmo assim foi bom. Toninho fodeu Tamara até seu pau sair murcho de dentro dela. Então ele se levantou e com as pernas bambas olhou em volta. Todos o encaravam com uma expressão de surpresa. Algumas meninas pareciam excitadas.

− E então, suas putas? Mais alguma?

Naquele momento o pai de Tamara surgiu do nada entre os amigos da filha. Deparou-se com a garota prostrada e nua em cima da cadeira da piscina e com Toninho de pau de fora. Lentamente, o garoto pôs o cacete para dentro da bermuda. Agora quem estava fodido era ele, pensou. Teria apenas cinco minutos para arrumar suas coisas e se escafeder daquela casa antes que o patrão chamasse a polícia. Seus pais iriam morrer de vergonha.

O pai de Tamara olhou para Toninho com franca admiração. E ordenou:

− Passe na minha suíte mais tarde.


O FILHO DO CASEIRO - Erótico (Parte 1 de 2)







Ele não passava de um simples empregado naquela mansão. Filho dos caseiros, Toninho era um garoto de 18 anos, mirrado, cabelos loiros despenteados e sempre com disposição para trabalhar.

Toninho e seus pais viviam na casa há uns seis meses e era comum a família receber convidados para grandes festas. Os patrões eram generosos com os empregados e Toninho era benquisto. De uns tempos para cá, porém, o ritmo da casa vinha se alterando constantemente. A filha mais velha, Tamara, depois de passar 1 ano estudando no exterior finalmente estava voltando para casa.

Havia alguns retratos da jovem espalhados pela casa. A tal da Tamara deveria ter uns 20 anos. Era uma loira exuberante, corpo bem proporcionado, sorriso confiante. Como não poderia deixar de ser, Toninho logo se sentiu apaixonado por aquela garota linda, mesmo sabendo que jamais teria uma chance sequer com ela. Talvez nem um segundo olhar que fosse. Mas para ele isto não importava. Queria mesmo era chegar perto dela o mais possível que fosse, aspirar seu perfume, sentir a fragrância dos seus cabelos. Quem sabe, roçar na pele dela. No final das contas, Toninho estava tão ansioso quanto os familiares pela chegada de Tamara.

E o grande dia chegou. Era próximo da uma hora da tarde quando o carro estacionou no grande jardim. A primeira visão de Toninho – escondido atrás de uns arbustos – foram as belas pernas e uma das mãos se apoiando no mordomo para sair do carro. Em seguida Tamara apareceu esfuziante, vestindo uma minissaia jeans e blusinha branca. Toninho perdeu o fôlego. Sua musa conseguia ainda ser mais linda que nos porta-retratos. Infelizmente ele não teve muito tempo para admirá-la. Tamara logo entrou na mansão, seguida pelos pais e sendo recebida pelos irmãos ainda na porta. Quando se deu conta, Toninho estava tendo uma ereção e bateu punheta ali mesmo, nos arbustos, torcendo para que ninguém o flagrasse naquela situação constrangedora. Mas Tamara merecia aquela justa homenagem.


Naquele primeiro dia Toninho não a viu. Ficou sabendo pela mãe que a moça estava muito cansada da viagem e pretendia ficar o dia todo dormindo. Contudo, no dia seguinte os patrões estavam preparando uma pequena recepção para os amigos mais chegados e então certamente Tamara daria o ar da sua graça.

Toninho sentiu seu ânimo renovar. Somente em pensar na jovem patroa ele sentia o pau ficar duro na hora. Apesar de ansiar por vê-la o quanto antes, sentia um pouco de medo por não saber como iria reagir quando ficasse frente a frente com ela.
O dia seguinte amanheceu ensolarado e quente, perfeito para horas relaxantes na beira da piscina. Foi o que Tamara fez. Toninho levou um susto quando sua mãe, afobada na cozinha, entregou para ele uma bandeja com uma jarra de suco e torradinhas. Eram dez horas da manhã.

– Leve isto de uma vez para a piscina. A filha da patroa está lá e com fome. E quando ela quer as coisas é pra já.

Toninho sentiu as mãos trêmulas quando pegou a bandeja. Respirou fundo. Não podia se dar ao luxo de derrubar tudo no meio do caminho ou, pior ainda, por cima dela. Levantando os ombros para tentar parecer mais alto e mais importante, Toninho foi em direção à piscina, lamentando não ter ajeitado um pouco mais os cabelos. De longe avistou sua musa deitada na cadeira tomando banho de sol com um biquíni minúsculo. Os cabelos estavam presos em um coque e Tamara usava óculos escuros. Toninho novamente respirou fundo. E se caísse dentro da piscina?

– Demorou, hein?

Tamara tirou os óculos e encarou o rapaz com seus olhos verdes. Ele tentou enxergar um pouco de simpatia naquele olhar, mas não conseguiu:

– Peço desculpas, senhora. Tentamos fazer o mais rápido possível.
– Pode largar em cima da mesa, por favor – disse ela, secamente, embora o encarasse com um certo interesse. – Quem é você?

Toninho firmou a voz. Não podia ter uma ereção naquele momento.

– Antônio, mas todos me chamam de Toninho. Sou filho dos caseiros.
– Humm...

O garoto não soube dizer o que significava aquele “humm”. Talvez não fosse nada. Provavelmente não era nada mesmo.

– Muito bem. Se eu precisar, chamo você. Pode ir – fez ela com um gesto arrogante.
– Até mais, senhora.

Toninho saiu a tempo de ir ao banheiro bater mais uma punheta. O jeito nojento da sua nova patroa não o abalara. Pelo contrário. Sabia que não podia esperar outra coisa dela. Talvez se fosse uma pessoa dócil não ficasse tão excitado.


Passava um pouco das duas da tarde. Os pais haviam almoçado e descansavam na casa que ficava nos fundos da mansão e onde residiam. Toninho não conseguia fazer nada. Nem dormir e nem comer. A excitação era grande. Depois que fora sumariamente dispensado por Tamara, o garoto ficara nas proximidades esperando algum chamado, nem que fosse para limpar os pés dela. Mas nada. Nem um chamado nem coisa nenhuma. Volta e meia ele rondava a piscina, de longe, e tudo continuava na mesma. Às vezes Tamara estava deitada de costas, outras de bruços. Nem se mexia. Talvez estivesse dormindo por baixo daqueles óculos escuros.

Na sua décima ronda, ainda atordoado com a beleza de Tamara, Toninho se aproximou da piscina e levou um choque. Ela não estava lá. A jarra de suco estava vazia e tudo parecia abandonado. Embora fosse mais lógico imaginar que a garota havia decidido entrar e tomar um banho, Toninho se sentiu desesperado. Onde estava ela? Por que não o chamara para recolher a bandeja?

Ele caminhou a esmo por alguns instantes até que escutou gemidos próximos à churrasqueira. Toninho parou no meio do caminho. Alguém parecia estar sofrendo. Alguém estava com dor.

Este alguém era Tamara! Os gemidos eram dela.

Toninho inflou o peito. A pobrezinha havia caído, se machucado e não havia ninguém para salvá-la. Mas ele estava ali, Toninho, o super homem. Ele iria tomá-la nos braços, cuidar dos seus ferimentos com amor e Tamara se apaixonaria então por ele. O garoto correu em direção às churrasqueiras disposto a fazer tudo por sua amada.
De repente uma cena o fez parar no meio do caminho. Tamara estava debruçada sobre uma mesa com um homem que ele nunca vira. Ela estava dando o cu para o desconhecido. E a coisa parecia estar muito boa tamanho eram os gemidos que vinham de lá.

Toninho não fez força para se esconder. A visão de Tamara nua era de enlouquecer e ele sentiu inveja do homem que estava fodendo ela. Os peitos dela balançavam toda vez que o cara metia naquele cuzinho. Ele quis imensamente trocar o lugar com o comedor da Tamara.

Ela o viu entre uma fodida e outra. Mesmo Toninho estando um pouco distante, os olhos de ambos se encontraram. Por alguns instantes os dois se encararam até que o homem gozou na bundinha dela. Toninho assistiu quando ele se escorou na parede para descansar e Tamara desabou no chão, exausta. Devia estar com o cu arrombado, pensou Toninho, louco para fazer o crime ele também.

− Ei! Qual é a sua? – perguntou o cara.

O garoto levou um susto. Deu dois passos para trás, tropeçou em uma pedra e caiu sentado na grama. Tanto Tamara quanto o homem gargalharam para vergonha total de Toninho. Ele se levantou sem olhar para o casal, virou as costas e disparou para a casa onde vivia com os pais. Não teria coragem de olhar para Tamara outra vez na vida.


sábado, 19 de julho de 2014

UM FANTASMA PARA CHAMAR DE MEU

Ela abriu a porta e pensou ter escutado um barulho no andar de cima. Passos. Sim, era como se fossem passos. Nada que a surpreendesse.

Não eram ladrões que haviam invadido o lugar. A casa era assombrada. Descobrira isto depois que os avós que lhe criaram morreram misteriosamente com um intervalo de apenas dois meses um do outro. Desde então passos, portas batendo e sussurros foram seus companheiros. Os únicos naquela vida solitária que levava. Mesmo depois de passados cinco anos da morte das únicas pessoas que amou na vida, os fantasmas lhe acompanhavam.

Mas não gostava daquelas companhias. Elas lhe aterrorizavam, como agora quando subia as escadas que rangia a cada passo. Lá fora raios e trovões iluminavam a noite escura. Tentara inúmeras vezes se livrar da casa, mas a maioria dos compradores sequer atravessava a porta. Pareciam pressentir que algo maligno habitava por lá e batiam em retirada com uma desculpa qualquer.

Quando chegou ao andar de cima o corredor se estendeu escuro a sua frente. Os passos ecoaram mais fortes e ela acendeu a luz. Já sabia quem era. E brilho nenhum o afastaria.

 A luz forte brilhou por todo o ambiente e ela se sentiu encorajada para prosseguir. Na verdade gostaria de se enfiar no quarto, trancar-se lá dentro, protegida com seus altares e santos. Lá dentro suas companhias indesejáveis não entravam. Nem ele. Mas quanto tentou levar suas crenças para outras partes da casa, um vento forte e misterioso derrubou tudo e as velas acesas quase prenderam fogo por todo o lugar. Pena que não incendiou, pensou mais tarde.

Ela caminhou quase sem sentir as pernas até o final do corredor e o som cessou. Mas ela sabia que alguém estava ali. Seu fantasma, como o chamava. Havia o visto algumas vezes com o canto do olho. Era alto, magro, moreno. Vestia-se com roupas antigas e possuía um rosto perfeito. Volta e meia ela o percebia atrás de si na hora do jantar ou até mesmo no jardim. Quando então se virava para flagrá-lo, o fantasma não estava mais ali.

Agora ele outra vez. Os outros não passavam de um vento ou uma sombra. Não era estes que temia. Tudo se fez silêncio. O único som que escutava era o da sua própria respiração. Ela caminhou lentamente até o fim do corredor. No fundo havia a porta da biblioteca. O espectro gostava de ficar lá. Quem sabe em vida tivesse passado bons momentos ali, junto com a mulher que amara. Talvez a mulher tivesse sido ela mesma. Ou ele teria morrido de uma forma horrível e agora se encontrava preso na biblioteca, na casa, sem conseguir se desprender do mundo terreno?

Sem conseguir respirar direito, ela abriu a porta de supetão. Ele estava lá, sentado na poltrona preferida do seu avô. Nunca ficara frente a frente com o fantasma. Fugia assim que pousava os olhos nele. Mas naquela noite ela resolveu fazer diferente. Precisava enfrentá-lo. Talvez ele dissesse então porque a atormentava tanto.

− O que você quer de mim?

Uma brisa suave balançou os cabelos dela. Os olhos do espectro brilharam.

− Você.

A voz dele fluiu naturalmente como se fosse uma pessoa de verdade, de carne e osso. Ela mal acreditou. Não havia sido uma boa ideia aquilo, pensou quando viu o fantasma se levantar e se aproximar dela tão lentamente que parecia flutuar. Em questão de segundos estavam frente a frente.

Ela fechou os olhos quando uma sensação de frio e calor misturados invadiu seu corpo. Queria sair daquele lugar antes que se perdesse, porém suas pernas não lhe obedeciam mais. Sentiu algo áspero como uma língua passando pelos seus seios e inutilmente estendeu as mãos para frente para afastar o fantasma de si. A língua desceu para a barriga e logo em seguida para o meio das suas pernas. Ela gemeu. Angustiada, começou a arrancar suas roupas freneticamente. Havia muito tempo que não era possuída por homem nenhum. Seu corpo inteiro ardia de excitação. Entreabriu os olhos. Agora estava deitada no chão, nua, as pernas escancaradas. O fantasma estava sobre si e ela o envolveu com seus braços. Acabou abraçando ela mesma. Ficou decepcionada, queria um contato carnal. Mesmo assim, o prazer que o fantasma lhe proporcionava era algo incalculável. Todas suas experiências sexuais anteriores haviam sido ruins. Ela sempre acreditou que o orgasmo era uma invenção até que foi sacudida por um.

Os raios e trovões não foram suficientes para sufocar seus gritos de tesão. Algo lhe arremetia contra o próprio corpo. Os olhos do espectro estavam muito próximos dela. Fazer amor com um fantasma? Aquilo estaria mesmo acontecendo?

De repente ela despertou. Deitada no chão frio da biblioteca escutou batidas fortes na porta da frente da casa. Ainda sem acreditar na incrível experiência que havia passado, ela juntou suas roupas, vestiu-se ainda zonza e desceu quase caindo as escadas. Sequer olhou pela janela para ver quem estava lhe visitando naquela hora da noite.

− Nos avisaram sobre gritos nesta casa e viemos saber se está tudo bem.

Era a polícia. Ela os olhou envergonhada. Estava mal arrumada, descalça e descabelada. Com cara de quem havia feito sexo selvagem por horas.

− Gritos aqui? Não… não é nada. Talvez fosse a TV.

Os homens a encararam uma última vez, desejaram boa noite e foram embora. Ela fechou a porta e voltou correndo para a biblioteca. Queria continuar a sessão incrível de sexo nem que fosse a última coisa que viesse a fazer na vida.

O fantasma não estava lá. E nem nunca mais voltou.

Meses mais tarde ela foi internada em um hospital psiquiátrico de onde nunca mais saiu.