segunda-feira, 5 de maio de 2025

VOCÊ ME USOU, AGORA É MINHA VEZ - Cap. 3


Daniel estava impressionado com o fogo da mulher. Tamara devia estar sem sexo há anos. Pela manhã acordou com um boquete manhã acordou com um boquete feito por ela com todo carinho e dedicação. Nunca havia despertado assim na sua vida e adorou a novidade. Depois, Daniel retribuiu a atenção pegando−a de jeito e comendo−a outra vez, agora na cozinha. O café da manhã foi em clima de muito carinho e pãozinho na boca. Tamara estava simplesmente encantada, achando que tinha acertado a mega−sena. Já Daniel precisava encontrar uma maneira de ficar sozinho para tentar falar com Jessica e ver como estavam as coisas.

Somente quando a vizinha de Tamara tocou na campainha, que Daniel conseguiu ligar rapidamente para a esposa. Sim, estavam todos bem. O bebê era lindo. Com ele também tudo corria normalmente. A mãe estava ótima. Ele escutou Tamara fechar a porta da rua e inventou que estavam lhe chamando. Desligou no exato momento que ela retornou para a cozinha.

一 Falando com quem?

Tamara não conseguiu evitar o ciúme. Já considerava Daniel seu namorado e propriedade.

一 Minha mãe. Falei para você que ela quebrou o fêmur faz uns seis meses? Estou devendo uma visita para a pobrezinha.

Ela se aproximou e lhe lambeu a orelha. 

一 Ah, então vou querer ir junto conhecer minha sogrinha.

Daniel sorriu amarelo, desconfortável, enquanto ela o puxava pela mão.

一 Venha, vamos dar uma volta pela cidade. Quero que você conheça minha loja.

Por ele, jamais sairia daquela casa. Ser paparicado e ter sexo a hora que quisesse estava mais do que bom. Se arriscar daquele jeito poderia lhe trazer problemas. Porém, Daniel não teve argumentos para dizer que preferia não sair. O dia estava lindo, quente e com muito sol. E era lógico que Tamara iria querer se exibir com seu novo macho de estimação. Bem, seria muito azar encontrar um conhecido naquela cidade de merda. Assim, de mãos dadas como se fossem o casal mais feliz do mundo – na visão dela isto era verdade – ambos saíram para dar uma volta.

Tamara parecia uma boba alegre ao seu lado. Vestiu uma minissaia que revelava suas pernas grossas e que definitivamente não caía bem em uma mulher da sua idade. As botas de camurça a deixaram parecida com uma pistoleira. Se ela fosse sua namorada de verdade, era evidente que Daniel jamais deixaria que saísse vestida daquela forma.  Jessica era mais discreta.

Para completar, Tamara era muito conhecida na cidade e cumprimentava todo mundo. Pelo menos, ela fez o favor de não apresentá−lo para ninguém. Depois de mais de uma hora passeando pela cidade, ele conheceu a loja de propriedade de Tamara e finalizaram passando no supermercado. Tamara era a cara da felicidade. Sentia−se casada e fazendo as coisas rotineiras de um casal. Esperava convencer seu amor a ficar pelo menos até segunda−feira de manhã. E transar muito com ele.

Daniel, pelo contrário, já estava se sentindo um pouco entediado. Fazer sexo com ela era sensacional, mas esperava encontrar uma mulher menos deslumbrada. Era nítido já que ela era carente e o pior de tudo, se apaixonou por ele. Observou−a fazendo o almoço. Era toda dedicação e miados. Antes de almoçarem às duas da tarde, Daniel realizou uma das fantasias dela, que era transar apenas com o avental da cozinha. O sexo foi bom, mas poderia ter sido melhor se não estivesse louco de fome. Depois do almoço foram tirar uma sesta. Bem que Daniel tentou dormir mais solto, mas não teve jeito. Tamara se enroscou nele, deixando−o sem espaço. O resultado foi uma dor na lombar quando acordou uma hora depois.

Quando a noite chegou tudo foi mais calmo. Daniel estava exausto e ainda teria que pegar a estrada no outro dia. Tamara, mais saciada, propôs que ambos assistissem um filme, no quarto, debaixo dos lençóis. Daniel topou de imediato e dormiu antes da primeira hora. Ela, ao vê−lo dormindo, sentiu um apertinho no coração. Queria tanto ainda transar com ele...  Que sorte tivera ao encontrá−lo. Pena que Francine, sua melhor amiga, não estava na cidade naquele fim de semana. Mas certamente ela seria a primeira a saber daquela novidade maravilhosa. E seria a madrinha do casamento também.

O filme terminou e Daniel continuou dormindo ferrado. Tamara apagou as luzes, se enroscou nele e dormiu agarradinha no seu amor.

Daniel era o melhor homem do mundo.


Continua...



terça-feira, 29 de abril de 2025

VOCÊ ME USOU, AGORA É MINHA VEZ - CAP. 2





Jessica bateu o martelo e decidiu visitar a irmã que recém havia ganhado bebê no final
de semana seguinte. Assim que foi possível, Daniel entrou em contato com a amante e avisou que estaria livre para se encontrar com ela. Na sexta−feira deixou a família na rodoviária e, como desculpa para se ausentar da cidade, mentiu para Jessica que estava indo visitar a mãe que morava em Santa Catarina e tinha fraturado o fêmur numa queda.


Daniel não estava mentindo de todo. Realmente estava indo para Santa Catarina, mas não para visitar a mãe. Seu objetivo único e exclusivo era encontrar Tamara. Combinaram de ficarem juntos até domingo pela manhã quando Daniel pegaria a estrada de volta para reencontrar Jessica e as crianças. Não passaria nem perto da casa da mãe.

Na estrada, rumando para aquela aventura doida, Daniel perguntou a si mesmo dezenas de vezes se não arriscando-se demais, colocando em risco um casamento sólido. Pesava o fato de que Tamara morava em outro estado e dificilmente o incomodaria. E depois ela era uma mulher madura. Teria que compreender que o caso deles seria só baseado em sexo. Talvez nem passasse daquele encontro, o que talvez fosse ideal, pelo menos para ele.


Por volta das oito horas da noite, Daniel chegou à pequena e bela cidade onde vivia Tamara. Combinou de ligar para ela assim que estivesse próximo. Nervoso, esperou que ela atendesse de uma vez.


一 Oi, meu amor… − miou ela no telefone. 一 Você já está perto?

一 Bem pertinho. Acho que em 10 minutos estarei na sua casa, caso eu não me perca no meio do caminho.

一 Impossível se perder aqui. Vou esperar você na porta. 

一 Estou ansioso para ver você.

一 Eu muito mais.


Nova ereção. Daniel ligou o GPS e conseguiu em poucos minutos encontrar a rua certa. Não foi preciso procurar muito. Uma casa branca com um jardim e uma mulher na porta acenando foi a senha para ele dar uma acelerada até lá. Estacionou o carro em frente à casa, pegou a mochila e abriu a porta. Tamara não se mexeu, vestida apenas com um robe. Os cabelos negros caiam soltos pelos ombros. Ela sorriu quando o viu se aproximar.

*

Tamara segurou um gemido quando o viu caminhando na sua direção. Ah, Daniel... Ele era mais lindo do que imaginava. Parecia um pouco tímido, mas em breve aquele constrangimento inicial iria desaparecer.


Daniel fez uma rápida análise de Tamara enquanto caminhava até ela. Gostosa. Sim, parecia gostosa por debaixo daquele robe de seda lilás que certamente comprou somente para impressioná−lo. No mais, não parecia muito diferente das fotos. Talvez um pouco mais velha vendo assim de perto, porém nada que comprometesse. O olhar quente de Tamara o excitou. Talvez o sexo com ela pudesse realmente render..

De repente, ambos estavam frente a frente, mudos. Tamara se encantou com os olhos azuis de Daniel. Era tudo o que esperava e um pouco mais. Tentando quebrar o gelo, pegou a mochila e o puxou pela mão para dentro de casa. Fechou a porta e o encarou, sem soltar a mão dele.

一 Nem acredito que você está aqui.

一 Parece mentira, não é?

Daniel se sentia tímido, sem ter o que fazer com a mão livre. Tamara se aproximou um pouco mais.

一 Posso pedir uma coisa? ー A voz dela saiu rouca.

一 Claro. O que é?

一 Me beija.

Simples e direta. Daniel se excitou mais e deixou todo seu acanhamento para trás. Impetuoso, agarrou-a pelos cabelos e a beijou violentamente, como se não fizesse isto há muito tempo. Tamara, a princípio, se surpreendeu. Porém não deixou por menos. Retribuiu com vontade. Há muito o desejava e sonhava com aquilo. 

Daniel não quis saber de perder tempo. Aliás, ele viajou quase 400 quilômetros justamente para aquilo. Arrancou o robe, deixando−a nua. Tamara suspirou e enroscou a perna na dele, procurando os botões da camisa para desabotoar. Sentiu o pau de Daniel lhe cutucando por dentro das calças e se apressou para deixá−lo nu.

Logo o caralho de Daniel saltou para fora e era tudo o que ela queria. Grande, roliço, tudo de bom. Meteu−o direto na boca, sentindo as mãos dele forçarem sua cabeça em direção ao pau. Tamara o engoliu com vontade. Quanto tempo fazia que não chupava um cacete tão gostoso? Nem lembrava mais. Daniel suspirou e antes de gozar na boca dela, jogou-a em cima do sofá e enterrou seu pau naquela buceta quente e úmida. Tamara berrou quando Daniel arremeteu dentro dela. Iria gozar logo, não conseguiria segurar o prazer que estava sentindo. De repente, Daniel chegou ao clímax e um jato quente se espalhou para dentro dela. Ela também chegou ao prazer naquele momento. Depois de tudo, ambos ficaram deitados no sofá, Daniel sobre Tamara. Após algum tempo, ela suspirou acariciando os cabelos dele.

一 Acho que merecemos um banho...

A viagem já tinha valido a pena depois daquele sexo delicioso. Suas trepadas com a Jessica eram básicas e protocolares. Ele até desconfiava que a mulher tinha enjoado daquilo. Nus, ambos foram para o banheiro onde Tamara ligou o chuveiro. A visão daquela bunda grande e com marquinha de biquíni fez o pau de Daniel subir outra vez. Sem aviso, pegou Tamara por trás e excitadíssimo com os gritos dela, comeu o seu cu ali mesmo, debaixo do chuveiro ligado. Mais tarde, enquanto se secavam, ela confessou:

一 Nunca ninguém comeu minha bunda assim. Adorei.

Daniel sorriu. Aquilo fez com que se sentisse o máximo.

一 Posso comer seu rabinho quantas vezes você quiser.

Ela sorriu e lhe deu um beijo. Já o julgava seu namorado. 

一 Vou querer sempre.

Aquela última sessão de sexo deixou os dois exaustos. Jantaram, conversaram como se conhecessem há anos e foram dormir na cama king size de Tamara.

De conchinha.


sexta-feira, 25 de abril de 2025

VOCÊ ME USOU, AGORA É MINHA VEZ - CAP. 1





Daniel jantou mais rápido que de costume e inventou para a esposa que precisava

terminar um relatório importante. Trancou-se no escritório e acessou seu aplicativo de

mensagens. 

Ela já tinha lhe enviado um “oi”.  Tamara, 43 anos, solteira. O papo começou dois meses antes, de forma casual, em uma rede social. Ela que o encontrou, enviando uma mensagem bem despretensiosa. Daniel, a princípio, não deu bola. Tamara insistiu. Insistiu. Um dia, Daniel resolveu acessar o perfil daquela mulher e... gostou do que viu. Quando se deram conta, os assuntos tomaram corpo. Tamara uma morena de olhos verdes, parecia ser agradável e quente. Daniel mentiu que era divorciado e excluiu as raras fotos que tinha com a esposa para não se comprometer. Felizmente, Jessica odiava redes sociais e não se interessava por aquele tipo de divertimento. Tamara morava em outra cidade, mas a vontade de conhecê-la aumentava a cada conversa. E tudo começou a acontecer como numa bola de neve desenfreada.

 

一 Oi, pensei que não viria mais. – Era quase uma cobrança.

Ele logo se justificou:

一 Imagine, eu estou louco para falar com você.

           

Daniel, casado há 10 anos e pai de um casal de filhos. Apesar da boa convivência com Jessica, algumas vezes ele dava uma escapadinha básica. Se ela desconfiava, disfarçava bem. Mas nunca, durante todo este tempo, se sentira tão atraído por alguém como Tamara. Era o seu primeiro caso extraconjugal virtual e a cada dia se tornava mais excitante.

 

一 E então? Quando você virá me ver?

一 Acho que semana que vem. Minha esposa vai visitar a irmã e passará um final de semana inteiro fora.

一 Não vejo a hora, meu amor... Quero tanto sentir você dentro de mim...


Na hora Daniel teve uma ereção. Isto já acontecera antes. Houve uma ocasião em que Tamara ligou no horário do meio dia, um pouco antes de ele se encontrar com Jessica, no intervalo do trabalho. Ao escutar a voz dela, sussurrante e rouca, sentiu o pau endurecer em plena avenida. Foi constrangedor e, ao mesmo tempo, cômico. 

 

一 Minha linda... Vou fazer você ver estrelas.

一 Quero mimar você bastante, meu anjo – digitou ela, doce como sempre. – Quando você vai tirar férias? Venha para cá ficar comigo.

 

Daniel respirou fundo. Será que aquilo não estava indo longe demais? Mesmo assim não conseguia se controlar.

 

 – Ah, meu tesão... Ainda vai demorar um pouco. Tenha paciência. Talvez você nem goste de mim.

– Impossível. Eu já amo a sua voz. Claro que vou amar você com todas as minhas forças. Deixe-me ligar para você agora.

– Anjo... Eu gostaria muito. Mas meus filhos estão aqui comigo. Minha ex os deixou aqui esta noite.


Tamara, distante 350 quilômetros de distância, suspirou. As fotos do seu namorado virtual revelavam um homem de 35 anos, alto e com corpo bem proporcionado. Os cabelos eram loiros, puxando já para o grisalho. Sentiu-se atraída desde a primeira vez que o viu por acaso na rede social e não hesitou em convidá-lo para ser sua amiga. Não demorou muito para que ambos começassem a conversar quase todos os dias. Não esperava que fosse se apaixonar perdidamente. Graças a todos os santos, o gato era divorciado. 


Dona de uma loja de moda íntima, Tamara era bem conhecida na cidade pequena onde morava. Com situação financeira definida, não tinha muita sorte no amor. Seu último namorado tentou se aproveitar da sua estabilidade, mas ela foi mais rápida e o botou para fora de casa. Esperava, de verdade, ter mais sorte com Daniel. Mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, seu coração dizia que ambos podiam dar certo.


一 Onde seus filhos estão agora?

一 Aqui por perto. – Daniel era mestre no despiste. – Sabe como é criança... Eles não param nunca.


A conversa se prolongou por mais uma hora até que Jessica resolveu bater na porta e perguntar se o marido não iria dormir. Daniel estava no meio de uma punheta. Quando 15 minutos mais tarde ele se enfiou no meio dos lençóis, estava cansado e relaxado. Jessica, praticamente dormindo , não reparou nada.


Ah, Tamara... Não via a hora de ficar frente a frente com ela. E fazer muito, muito sexo.


Link Capítulo 2:

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domingo, 5 de janeiro de 2025

NOITES ENCANTADAS - CAPÍTULO 8




Serena encarava o piloto da moto sentada em uma cadeira de rodas, esperando a mãe e Keila chegarem ao hospital e a levarem para casa.

一 Então você não tem a menor ideia de quem seja? ー ela mal podia conter a ansiedade.

Ele suspirou. Serena já tinha feito aquela pergunta mais de uma vez.

一 Não. Eu vi a caminhonete se aproximando e fiz sinal para ele parar.

一 Então ele tem uma caminhonete?

Ela se inclinou para frente, a ponto do homem, com um curativo na testa, temer que ela caísse.

一 Uma caminhonete cor prata. ー ele olhou para Serena, curioso. 一 Você o conhece?

一 Eu? Não. Quer dizer, talvez. ー a mente de Serena funcionava rapidamente. 一 Você… acha que ele é turista?

一 Turista? Creio que não. Acho que ele mora em Monte Noel. Ou está passando uma temporada por aqui.

一 Ótimo. ー os olhos de Serena brilhavam. 一 E o nome? Ele não disse? Tem certeza disso? 

Sueli e Keila apontaram na porta, ambas sérias. Mas ao verem Serena sentada e acenando para elas, logo uma fisionomia de alívio surgiu em seus semblantes.

一 Minha filha! ー Sueli foi ao encontro de Serena e a abraçou. 一 Achei que tivesse sido mais grave.

一 Foi só um susto, mãe.

一 Você se machucou?

一 Estou só um pouco dolorida. 

O piloto da moto, ansioso para ir embora, se levantou, despediu-se de Serena e foi embora mancando. Keila comentou:

一 Puxa, este acidente foi ocorrer justo agora que você irá começar a trabalhar na floricultura.

一 Não se preocupem. ー Serena olhou para os lados e conferiu se estavam sozinhas. Como não havia nenhuma enfermeira por perto, se levantou da cadeira de rodas sem dificuldade. 一 Amanhã eu irei trabalhar normalmente. Nada que uma boa noite de sono não dê jeito.

Sem querer o apoio da mãe ou da amiga, Serena saiu do hospital ladeada pelas duas. Keila perguntou:

一 Tem certeza que você está bem?

一 Claro. ー Serena sorriu, lembrando de quem a socorrera. 一 Sabe quem me juntou do chão?

Sueli e Keila se entreolharam sem entender.

一 Quem? ー Sueli perguntou, curiosa.

一 Ele.

一 Ele quem?

一 O desconhecido pelo qual me apaixonei.

O sorriso bobo que tomava conta do rosto de Serena aborreceu Sueli.

一 Serena, de quem você está falando? Não acredito que ainda está sonhando com o cara que ninguém nunca viu.

Em poucas palavras, Serena narrou o que acontecera. No final, enquanto aguardavam um táxi, suspirou:

一 O motoqueiro contou que ele me carregou nos braços com todo cuidado. Uma pena eu estar inconsciente.

一 Uau! ー exclamou Keila. 一 Ele ainda está pela cidade.

一 Sim, pode ser que ele não seja turista. ー Serena olhou para elas, ansiosa. 一 Isso significa que tenho chances de revê-lo. Ou algo mais. Quem sabe, agradecer pessoalmente.

一 Será que ele lembrou de você, amiga?

Sueli interrompeu:

一 Keila, é óbvio que não. Esta loucura toda é só da parte da Serena.

一 Mãe, você não vai estragar minha alegria.

一 Cale a boca e entra no táxi, Serena. ー o automóvel parou frente a elas. 一 Você já vem me dando muito trabalho nos últimos dias.

Um pouco dolorida, Serena fez o que a mãe mandava, enquanto aspirava a própria roupa para ver se havia algum resquício do perfume que o agora não tão desconhecido poderia estar usando naquela noite.

Sentiu-se uma boba.

Mas uma boba feliz.


Nota da Autora: como informado anteriormente, este é o último capítulo de Noites Encantadas postado neste Blog. A versão integral está disponível na Amazon através do link abaixo:


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sábado, 28 de dezembro de 2024

NOITES ENCANTADAS - CAPÍTULO 7


 

A bordo de sua caminhonete, Caetano seguia pelas ruas simpáticas de Monte Noel, ainda impactado pelas más notícias dadas pelo pai. Um velho amigo dos tempos da adolescência convidara-o para um happy hour e Caetano achou que seria uma ótima maneira de desopilar.

Vinha distraído em seus pensamentos quando uma imagem na esquina da rua em que trafegava despertou sua atenção. Uma motocicleta e uma bicicleta estavam caídas bem no meio da pista. Ao se aproximar, Caetano percebeu um homem tentando socorrer, desesperado, uma mulher caída no chão, aparentemente, inconsciente.

O piloto da moto, ao ver a caminhonete se aproximando, começou a fazer gestos com os braços para Caetano parar.

一 Senhor, por favor, me ajude. ー o homem sangrava em uma das mãos e tinha um corte na cabeça. 一 A moça dobrou a esquina de repente e nos chocamos.

一 Tenha calma ー Caetano se agachou ao lado da jovem, desacordada. Os cabelos vermelhos dela se espalharam pelo piso de pedra.

一 Acho que ela bateu a cabeça ー o piloto retorcia as mãos, quase em pânico.

一 Vou levar vocês dois ao hospital.

Imediatamente, Caetano juntou a jovem do chão, reclinou o banco dianteiro da caminhonete e a colocou ali com o máximo cuidado. Com apenas um telefonema providenciou o resgate da moto e da bicicleta. Já com o veículo em movimento, Caetano olhou através do espelho retrovisor para o homem, muito pálido, que estava no banco de trás, 

一 Não se preocupe. Acho que não é nada grave. 

Na verdade, Caetano não tinha a menor ideia do estado da moça. Aliás, tinha a impressão de que já a vira em algum lugar. Os cabelos vermelhos dela, tão peculiares, chamaram-lhe a atenção. Mas de onde a conhecia não tinha a menor ideia. E tampouco aquilo era importante naquele momento. Em menos de dez minutos, a caminhonete entrou na área hospitalar e freou, sonoramente. Logo, enfermeiros e médicos se aproximaram correndo com macas para socorrer os feridos.

    Uma mistura de vozes altas e urgentes começou a despertar Serena da sua inconsciência. Ela entreabriu os olhos temendo o que iria encontrar. Porém, as luzes dos corredores do hospital a cegaram, momentaneamente. A imagem da motocicleta com o farol forte sobre ela trouxe a lembrança que um acidente de trânsito acontecera.

一 Ela acordou!

A voz forte de um homem a deixou mais desperta. Ainda um pouco aturdida e tentando se localizar, Serena voltou os olhos na direção dos seus pés. Um homem de barba cerrada e expressão preocupada, a fitava, atento. Vestindo uma camiseta negra, certamente ele não fazia parte da equipe do hospital.

Ela levou um susto e tentou sentar, sendo contida por uma das enfermeiras. Era ele, o cara desconhecido! Mas o que estaria fazendo no hospital, junto a ela? Serena bem que tentou articular alguma palavra, mas a maca foi conduzida para uma sala de exames onde somente pessoas autorizadas podiam entrar.

O olhar dele a seguiu até a porta se fechar.



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Aqui no Blog postarei até o 8º capítulo.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

NOITES ENCANTADAS - CAPÍTULO 6

 

Exatamente uma semana depois da demissão, Sueli conseguiu uma colocação para Serena em uma floricultura recém-inaugurada de uma amiga, bem no centro de Monte Noel. Era final de tarde de um dia ensolarado quando recebeu a boa notícia, embora um ar friozinho teimasse soprar. 

O novo emprego merecia uma comemoração. Para tanto, Serena decidiu pegar a bicicleta e dar uma volta pela cidade.

Quem sabe encontrasse o bonito desconhecido em algum lugar? 

Depois daquela noite nunca mais o vira. Apesar de não ter mais esperanças de encontrá-lo, Serena acabou por desenvolver uma espécie de obsessão, a ponto de sonhar com ele todas as noites. Sim, Serena tinha consciência ser tudo aquilo uma loucura, mas como explicar que sentia ter criado uma espécie de vínculo com o cara? Era como se conhecessem de outras vidas. Quando tentou explicar à Keila seus sentimentos, a amiga teve um acesso de riso e ainda a chamou de lunática. Depois disso, Serena decidiu se calar.

Ela vestiu um casaquinho e montou na bicicleta. Pegou as ruas floridas e tranquilas de Monte Noel, nunca se cansando de admirar a beleza da cidade. As casas possuíam amplos jardins e a decoração natalina estava presente o ano inteiro. Tudo era tão bonito e acolhedor que Serena respirou fundo, sentindo o aroma das flores invadir suas narinas. Feliz, percorreu algumas quadras próximas da sua casa, sempre de olho nos poucos carros que passavam. Vai que o desconhecido fosse um dos motoristas que cruzavam seu caminho?

Após meia hora de pedalada, Serena resolveu ir para a parte mais abastada da cidade, um local onde só havia mansões com muros altos. Ela pouco ia para aqueles lados. Pela roupa bem alinhada que o desconhecido vestia naquele dia, e não sendo ele um turista, era possível que morasse ou estivesse hospedado por lá.

O ânimo aumentou. Serena pedalou com mais força na direção do bairro rico. As vias do lugar eram ainda mais agradáveis. Atrás daqueles muros altos, se escondiam casas lindas. Algumas pessoas passeavam pela calçada com seus animais de estimação. Cada rua tinha nome de flor e o próprio aroma delas pairava no ar. Era uma sensação tão boa que Serena só foi se dar conta que a noite estava chegando quando olhou para o céu e viu uma estrela solitária.

No fim de uma rua florida e arborizada, Serena dobrou à esquerda, temendo não encontrar o caminho de volta. Aquele local ainda lhe era um tanto desconhecido. Pedalando mais rápido, Serena dobrou outra esquina. E não teve tempo sequer de gritar.

A luz forte do farol de uma motocicleta lhe cegou completamente e ela não conseguiu desviar. O choque foi forte, levando o piloto da moto e Serena ao chão. 

De repente, tudo ficou escuro. E não era a noite que chegava.


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                    Neste Blog vou postar até o capítulo 8.