domingo, 31 de maio de 2015

RAIO DE SOL

Tem gente que quando ri parece abrir um raio de sol no 

coração dos outros.

Risadas verdadeiras são fundamentais.

sábado, 23 de maio de 2015

A GOSTOSA E O PEÃO (Final)

Sandro chegou e me encontrou exausta sentada no sofá. Ainda estava emburrado, mas para minha surpresa, disposto para sexo. Nem acreditei. Justo naquele dia? Quando percebi Sandro estava em cima de mim, beijando meu pescoço e tocando nos meus seios. Consegui apagar a luz do abajur da sala e ficamos na penumbra. Meu receio era que Sandro enxergasse algum hematoma em mim. Nós transamos do mesmo jeito de sempre; sem graça nenhuma. Felizmente foi uma transa leve, pois uma mais pesada eu não teria condições de suportar. Depois do sexo, Sandro se levantou e foi tomar banho. E não deu mais bola para mim a noite inteira.

Na sexta-feira choveu e seu Toni avisou que dispensara os peões. Minha frustração foi grande. O que eu mais desejava era invadir aquela obra e foder com Vando até me acabar. Me masturbei o final de semana inteiro pensando nele, no meu gato. Lembrei que da próxima vez que eu o visse perguntaria mais sobre sua vida. Quem sabe ele necessitasse de alguma ajuda financeira? Nem por um momento me preocupei se ele teria algum tipo de relacionamento. Aquilo para mim era irrelevante. Eu tinha certeza de que ele seria meu. Onde Sandro ficaria nesta história eu não tinha certeza.

No início da semana minha intenção era que tudo se repetisse como da outra vez. Eu aportaria no meio da tarde na obra, me trancaria com Vando em algum lugar e teríamos uma sessão de sexo forte e caliente. Estacionei o carro no mesmo lugar e desci ciente de que esbanjava sensualidade com minhas calças justíssimas e uma blusa decotada. Os peões pararam de trabalhar quando me viram e seu Toni saiu apressado lá de dentro quando percebeu minha chegada.

— Dona Ângela… — ele parecia meio ansioso. — Achei que a senhora não viesse hoje.
— Ué? Mas você sabe que sou eu a responsável por vistoriar a obra.

Naquele momento Sandro saiu de dentro da casa e eu congelei. Ele estava diferente. Arrogante, até. Ao me ver, se aproximou de mim e me beijou no rosto.

— Não precisa mais se preocupar, meu amor. Decidi que daqui para frente eu mesmo virei aqui supervisionar tudo.

Abri a boca para protestar. Não era possível. Será que Sandro tinha desconfiado de alguma coisa?

— Mas eu…
— Sei que você se cansa de vir aqui sempre. Além disso, acho que estou muito afastado das obras.
— Você não confia em mim? — consegui perguntar. Reparei que Vando observava tudo lá de dentro da casa.
— Claro que sim. Só não quero dar mais trabalho para você.

Seu Toni assistia nosso debate muito interessado.

— Escute, Sandro. De maneira nenhuma eu me importo de vir aqui.  Adoro ver o que está acontecendo. Além disso, eu e seu Toni nos entendemos muito bem.
— Ah, mas eu e nosso querido mestre de obras nos entendemos até pelo olhar. Fique tranquila. Eu assumo isto aqui agora.
— Tudo bem — disse eu furiosa, porém controlada. Peguei a chave do carro e decidi que iria embora antes que acertasse um soco no meu marido. — Vou voltar para meu trabalho.
— Faça isto.

Beijamo-nos sem vontade e fui embora. Sandro que me aguardasse. Os chifres que eu instalaria na sua cabeça seriam tão imensos que tão cedo ele não passaria por porta alguma.

*

Naquela noite nos tratamos bem, porém friamente. Sandro chegou mais tarde, contou-me sobre a obra, tudo de forma bem natural. Fiz de conta que estava muito interessada, quando na verdade eu queria esganar o cretino. Ele ainda me anunciou que no outro dia passaria a tarde na obra, fiscalizando tudo. Pobre do seu Toni e operários. Sandro era o maior pentelho do mundo e com certeza iria mais atrapalhar que ajudar.

Dia seguinte eu não fui para o trabalho como Sandro imaginou. Com um simples telefonema cancelei todos meus compromissos para aquela manhã e apareci na obra pouco depois das nove horas. Por algum motivo, seu Toni me recebeu tenso e sem jeito. Não sei o que Sandro teria dito a ele sobre mim, contudo eu pouco me importava.

— Onde está o Vando? — perguntei curta e grossa.

O homem pigarreou e nem respondeu. Fez apenas um sinal com a cabeça indicando que o Vando estava no interior da casa. Entrei decidida a ter a maior foda de todos os tempos com meu gato lindo. Escutei algum ruído no piso superior da casa e subi em seguida. O som vinha do banheiro. Sim, provavelmente Vando estivesse dando um retoque por lá. Nem bati na porta. Abri de supetão, esperando encontrar meu príncipe em suas roupas rústicas de trabalho pronto para me foder por todos os lados.

Gritei.

*

 De repente pareceu que o mundo tinha parado. Eu, na porta, sem me mexer. Meus olhos estavam fixos em Sandro. De quatro, era currado por Vando. Aliás, Vando parecia estar com muito mais apetite com meu marido do que comigo. Sandro me olhou e empalideceu. Vando de imediato parou de meter no rabo do meu marido. Ficamos por uns bons trinta segundos nos encarando, nenhum dos três acreditando que aquilo estava acontecendo.

Depois de um tempo achei que fosse desmaiar. O banheiro rodou e eu me segurei firme na porta até a sensação ruim passar. Vando se desgrudou do Sandro, este se levantou puxando as calças e eu comecei a andar de ré, louca para sair daquele lugar.

— Não é bem isto que você está pensando.

Sandro disse a frase clichê mais pálido que eu. Vando puxou as calças para cima e me olhou como se estivesse se desculpando.

— Ele me ofereceu uma grana. Não pude recusar.
— Tudo bem — murmurei.

Dei meia volta e fiz a única coisa digna que podia fazer: caí fora. Passei reto por seu Toni e não olhei para os lados e nem para ninguém. Fui direto para casa, peguei todas as roupas do Sandro e coloquei de qualquer jeito dentro de uma mala ou duas. Mais tarde, entrei em contato com seu Toni e pedi o celular do Vando. Em pouco tempo eu já estava falando com ele.


— Venha para minha casa agora. 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

A GOSTOSA E O PEÃO (Cap. 2)

No outro dia nosso desjejum foi praticamente em silêncio. Tentei puxar assunto com Sandro, mas ele estava monossilábico. Por fim, desisti. Ele saiu primeiro que eu sem ao menos se despedir. Logo eu o esqueci. Meu foco era o Vando. Fui para o trabalho pensando na investida que eu faria logo mais à tarde. Sim, porque daquele dia Vando não passava. Passei a manhã toda sem conseguir me concentrar direito e abreviei meu expediente. Precisava estar linda e cheirosa para ele.

Fui até minha casa, tomei um banho perfumado, coloquei um vestido curto para facilitar o sexo e me mandei para minha nova casa. Seu Toni não estava. Segundo os peões, ele havia ido até o banco pagar algumas contas. Quando perguntei quem estava dentro de casa, obtive a resposta que eu mais desejava. Ele, Vando.

Entrei apressada. Tinha que agir rápido antes que seu Toni chegasse ou algum peão metido entrasse na casa. Subi as escadas e fui procurar por Vando no segundo piso. Caminhei pelo corredor decidida, esperando encontrá-lo a qualquer momento. Fui de um lado ao outro da casa e não o vi em lugar algum. Minha decepção era grande.

— Procurando alguém?

Aquela voz máscula e firme só podia ser dele. Olhei para baixo. Da sala, Vando me fitava com uma cara de ordinário. Ele sabia muito bem de quem eu estava atrás.

 Aproximei da escada devagar, fazendo o estilo sexy.

— Descobri um defeito no seu trabalho.

Ele não disse nada. Subiu as escadas de dois em dois degraus e eu tomei a frente, levando-o até o banheiro. Entramos os dois, fechei a porta e não precisou que eu dissesse nada. Vando me agarrou pelos cabelos e beijou minha boca como se quisesse me engolir. Nem em um milhão de anos Sandro seria capaz de me beijar daquele jeito. No momento seguinte eu já estava quase sem roupa. Meu vestido foi jogado no chão, minha calcinha parou quase dentro do vaso sanitário. Não me fiz boba, eu tinha pressa. Nua, eu avancei para os botões da bermuda dele e em seguida aquele pau delicioso de 22 centímetros saltou na minha frente. Vando chutou a bermuda para longe e nos grudamos nus, roçando nossos corpos. Eu me sentia quente, achei até que estivesse com febre. As mãos dele passaram pelas minhas costas até chegarem na minha bunda. Logo senti o dedo dele vasculhando minha bundinha, penetrando em seguida, a seco no meu rabo. Quase gritei e para não atrair audiência, enterrei minhas unhas nas costas dele. Eu nem lembrava mais o que era sexo anal quando Vando me virou com a maior facilidade do mundo de frente para a parede e abriu minhas pernas. Não tive nem tempo de raciocinar. O caralho do Vando entrou no meu cuzinho sem dó nem piedade. E doeu. Doeu muito. Mas eu adorei. Soquei a parede, quase quebrei os dedos de dor e prazer. Rebolei gemendo naquele pau gostoso, não conseguia parar mais. Os dedos dele chegaram no meu grelhinho  e não foi preciso muito para que eu sentisse que um orgasmo de alta voltagem iria me tomar inteira. Vando enterrou seu cacete mais umas cinco vezes no meu cu antes que eu sentisse a sua porra me besuntando. Gozei naquela hora. Meus gritos com certeza foram escutados em todo o condomínio e além.

Desabei no chão, dolorida e saciada. Olhei para Vando. Ele se sentou no chão, encostado à porta. A barba por fazer que me arranhara todo o pescoço o deixava lindo e misterioso. Lembrei que devia ter trazido um preservativo, mas… paciência. Eu estava tão excitada que não tinha me lembrado daquele mero detalhe.

— Você é incrível — disse ele sorrindo. — Soube disto desde a primeira vez que pus o olho em você.

Engatinhei até ele como uma gata e beijei-o. Desta vez o beijo foi mais doce e posso dizer que nunca beijei tão gostoso na minha vida.

— Me chupa — pediu ele. — Vai, agora.

Ele empurrou minha cabeça direto no pau e, confesso, nunca fiz boquete em um troço tão grande como aquele. Custei um pouco a me adaptar ao tamanho; afinal, Sandro tinha um pau ridículo comparado ao do Vando. Chupei-o com tanta vontade que não me dei conta que ele estava prestes a gozar de novo. De repente senti a porra dentro da minha boca e acabei engolindo tudinho. Foi minha primeira vez, nunca havia feito aquilo na vida, sempre cheia de nojo. Mas com Vando era diferente. Eu poderia fazer tudo por ele. Tudo mesmo. Se pudesse, levava-o para casa naquele instante.

                Quando seu Toni chegou 40 minutos mais tarde, encontrou-me descabelada e com o vestido amassado. Minha calcinha estava dentro da bolsa, rasgada e sem condições de uso. Tratei alguns assuntos da obra com o mestre de obras, enquanto Vando comia um sanduíche na cozinha sem tirar os olhos de mim. Seu Toni desconfiou de alguma coisa, talvez fosse o cheiro de sexo que exalava do meu corpo. Fui embora momentos depois, quase sem conseguir tirar os olhos de Vando. E eu tinha pressa. Precisava chegar antes que Sandro chegasse e percebesse que eu tinha trepado com um homem que realmente valia a pena. 

A GOSTOSA E O PEÃO (Cap. 1)

O que eu posso dizer do Sandro? Um cara legal, bom marido, sempre disposto a satisfazer meus caprichos. Minhas amigas viviam dizendo que Sandro era o marido nota 10, o tipo de homem que qualquer mulher gostaria de ter ao seu lado pelo resto da vida.

Do lado de fora, claro, tudo eram flores. Contudo, meu maridinho tinha um grande problema. Ele não era nada criativo no sexo. Era sempre a mesma coisa, o tal papai e mamãe, sem nenhuma variação. No início me sujeitei àquele relacionamento morno. Quando eu o conheci, recém havia perdido o emprego e estava com uma mão na frente e outra atrás. Sandro surgiu em minha vida como uma espécie de tábua de salvação. Sua situação social e financeira era boa e estes dois quesitos me conquistaram imediatamente. O fator sexo deixou a desejar desde o primeiro encontro, mas achei que aquilo poderia ser revertido à medida que nos conhecêssemos melhor.

Infelizmente, enganei-me. Ainda assim casamos, pois eu precisava garantir meu futuro e estabilidade. Mais tarde conquistei um excelente emprego por méritos próprios, porém me continuei casada com Sandro. Ele era um cara legal. No sexo, um desastre.

Apesar de viver insatisfeita neste ponto, até o momento eu não havia traído meu marido. A ideia passava pela minha cabeça, porém simplesmente não tinha surgido uma oportunidade bacana.

Até o dia que eu conheci o Vando.
*

 Sandro resolveu comprar uma casa em um condomínio fechado, o que achei maravilhoso. A casa era grande e decidimos reformar para ficar do nosso jeito. Meu marido me nomeou como a encarregada de supervisionar as obras e todas as tardes eu reservava um tempinho da minha agenda para ir até minha futura casa ver o andamento das coisas.

Era uma tarde de quarta-feira quando estacionei o carro na frente da nova residência. Desci altiva, de saltos altos e minissaia, ignorando o olhar da peonada. O mestre de obras, seu Toni, adiantou-se para me receber cheio de mesuras e ansioso para me contar as novidades. Muito animado, levou-me para dentro de casa. Queria me mostrar o banheiro novo.

— Dona Ângela, quero que a senhora veja o piso que estamos colocando para a senhora — foi dizendo ele enquanto nos dirigíamos para lá. — Mudou completamente a peça.

Fiquei curiosa. Quando parei frente à porta do banheiro, seu Toni me apresentou um rapaz que, agachado, finalizava aquela parte:

— Este é o Vando. Contratei no lugar do outro que pediu as contas.

Meus olhos então se fixaram para onde seu Toni apontava. Vando, ah, Vando... De onde saíra aquele peão magnífico? Moreno do sol, cabeça raspada, algumas tatuagens e olhos negros. Vestia uma bermuda jeans e uma camisa de marca toda rasgada. Parecia um top model, artista de cinema, qualquer coisa do gênero. Senti um calor percorrer meu corpo, em uma eletricidade intensa. Logo me recompus. Não podia dar na vista que eu estava tão excitada.

— Boa tarde, Vando — cumprimentei com a voz firme. — Excelente trabalho o seu. Parabéns.

Ele apenas balançou a cabeça e este simples gesto quase me desmontou. Em menos de cinco minutos eu estava excitada e louca para agarrar aquele homem. Infelizmente meu tempo era curto e eu tinha um compromisso para logo mais. Conversei mais um pouco com seu Toni tentando disfarçar o calorão. Quando me despedi de ambos, percebi que Vando também me observava com curiosidade e desejo. Entrei no carro e liguei o ar-condicionado ao máximo. Não lembrava a última vez que tinha sentido algo parecido por um homem.

*

Retornei para casa próximo das oito horas da noite. Precisava urgentemente fazer sexo. Sandro já estava em casa. Abri a porta do apartamento e me deparei com meu marido sentado no sofá, de cueca samba canção e bebendo cerveja na latinha. O quadro da dor. Uma barriguinha já ousava se formar, inclusive... Era o resultado de tanto sedentarismo. Céus, como ele era diferente do Vando!       
 
Na hora que me deparei com aquela cena deprimente, resolvi que iria me aliviar sozinha mesmo. Beijei-o, conversamos um pouco sobre a reforma e depois de uns 10 minutos eu avisei que iria tomar banho. Mal fechei a porta do banheiro, arranquei minhas roupas e comecei a me masturbar sentada no piso frio. Achei meu grelhinho rapidamente — coisa que nem em mil anos o Sandro irá conseguir descobrir — e não demorou muito para eu alcançar um orgasmo daqueles. Não me contive e soltei um gemido alto demais. E antes que eu pudesse me recompor, Sandro escancarou a porta do banheiro que eu havia esquecido de trancar...

Para minha vergonha, meu marido me encontrou sentada no chão, de pernas abertas e em uma posição muito suspeita.

Ele não disse nada nos primeiros segundos, mas era evidente o seu choque. Levantei do chão com o rosto em chamas, enquanto ele me encarava fixamente. Eu não sabia o que dizer. Somente quando fiquei em pé, Sandro murmurou:

— Achei que fosse capaz de satisfazer você.

A porta foi fechada com um estrondo e eu me mantive por uns cinco minutos sem me mexer, meio que paralisada. Em hipótese alguma eu queria magoar Sandro, mas o fato é que Vando não saía da minha mente, mesmo que eu não tivesse escutado sequer a sua voz e não soubesse nada sobre ele.


Naquela noite ainda, depois que saí do banho, ele mal me olhou. Foi deitar bem depois de mim, como se quisesse me evitar.