Meu negócio
sempre foram os homens e poucas vezes na minha vida fiquei sem namorado. Mas
quando vi a Val me apaixonei na hora. Não me pergunte o que aconteceu comigo.
Tudo começou numa festa. Eu estava com meu grupo de amigos em um bar quando de
repente ela apareceu. Levei um choque assim que a vi. Me fascinei por aqueles
cabelos vermelhos e os olhos verdes que volta e meia pousavam sobre os meus.
Tínhamos amigos em comum e Val já estava um pouco alta. Mas não me importei.
Ela era linda, divertida, louca. A risada era uma delícia e eu não conseguia
desviar o olhar da Val. Me apaixonei tão rápido que não tive muito tempo para
me questionar sobre aquilo. Enquanto Val ria, contava piadas e jogava charme
para quem quisesse, eu me mantive quieta, absorvida pelo seu encanto. Estávamos
em lados opostos e tudo que eu queria era me aproximar e tocar naquele cabelo
brilhante, no rosto, no corpo. Eu tinha concorrência, contudo. Alguns rapazes
que estavam conosco também a cobiçavam, bastava ver pelos olhares que lançavam
a ela. Achei que jamais teria chance com Val até que ela se levantou para ir ao
banheiro. Eu fui atrás.
Encontrei-a frente
à pia borrifando água no rosto com a pontinha dos dedos. Estávamos sozinhas,
pelo menos naquele momento. Val pressentiu minha presença e virou a cabeça para
o meu lado, devagarzinho. Com uma mecha do cabelo vermelho caindo sobre um dos
olhos, ela perguntou com a voz um pouco arrastada por causa da bebida:
— O que você
quer?
— Um beijo seu
– respondi um pouco ofegante.
Val soltou
aquela risada que me fascinava.
Avancei com passos
decididos na direção dela sem pensar em nada para não perder a coragem. Mais
alta que Val, eu a empurrei de encontro à parede e fiquei frente a ela
bloqueando a passagem. Eu não iria deixar que ela fugisse de mim. Seria aquela
noite ou nunca mais.
Não sei se por
estar ligeiramente bêbada ou por estar afim mesmo, Val não ofereceu a menor
resistência. Colei minha boca na dela; até então eu nunca tinha beijado nenhuma
garota na vida. Val correspondeu e senti as mãos dela percorrendo minhas
costas. Me excitei mais e apertei com força um dos seios dela ao mesmo tempo
que a puxava para mais junto de mim. Quando Val gemeu de prazer dentro da minha
boca em meio a um beijo pegado, fiquei mais louca do que já estava.
As mãos de Val
se grudaram na minha bunda e me apertaram. Eu estava de saia e a guiei direto
para minha calcinha. Os dedos dela me exploraram e minhas pernas amoleceram. Da
boca da Val eu desci meus lábios pelo pescoço até os seios onde a chupei com
tanta força que ela gemeu mais forte ainda. Os dedos de Val continuavam na
minha buceta, no meu grelo, massageando, apertando, sabendo exatamente onde
tinha que tocar. Neste meio tempo a porta do banheiro se abria e fechava. Acho
que as mulheres davam meia volta quando viam nós duas nos pegando feito duas
loucas, grudadas na parede.
Então a Val se
agachou na minha frente, levantou minha saia e quase arrancou a calcinha que eu
vestia. Senti a língua dela dentro da minha xoxota, indo e vindo, me chupando e
gemendo tanto quanto eu. Forcei a cabeça da Val para mais dentro de mim ainda.
Minhas pernas já nem tinham muita sustentação e quando ela enterrou dois dedos
dentro do meu cuzinho soltei um grito alto, vi estrelas e desabei no chão, nos
pés dela. Ali fiquei inerte, acabada e apaixonada. Enquanto me recuperava, Val
foi até a pia, lavou a boca, as mãos, se recompôs e saiu do banheiro. Fiquei no
chão frio por mais alguns minutos, de joelhos, respirando fundo, com a calcinha
fora do lugar e a minissaia na cintura. O banheiro começou a ser utilizado
novamente, um entra e sai de mulheres enquanto eu estava ali, tentando sair do
meu torpor, um tanto envergonhada por estar naquela posição. Outra coisa me
incomodava também. Eu havia sido abandonada.
Finalmente
consegui me levantar. Ajeitei minha roupa e o cabelo, ignorando alguns olhares
curiosos. Eu não devia estar chateada. Afinal, conhecera Val há menos de uma
hora. Mas... nossa, ela havia balançado comigo. Transar com ela fora maravilhoso,
mas ser largada no fundo de um banheiro de bar não era nada romântico. Me achei
uma besta ter me apaixonado daquele jeito. E toda vez que eu fechava os olhos
enxergava o corpo da Val e tremia de excitação.
Antes de voltar
até onde estavam meus amigos precisei retocar minha aparência. Penteei meus
cabelos com os dedos e uma boa alma me emprestou um batom. Saí do banho como se
nada tivesse acontecido, procurando Val desesperadamente. Demorei um pouco para
me juntar à turma. Com os olhos catei Val por todo o bar. Subi ao andar de
cima, mas nem sinal. Por fim, deduzi que ela havia ido embora e voltei para a
mesa, desconsolada. Talvez meus amigos desconfiassem o que havia acontecido,
mas todos foram discretos o suficiente para não falarem nada naquele sentido.
Como desculpa para minha fossa, acabei exagerando na bebida, coisa rara de
acontecer. Saí do bar uma hora depois de braço dado com um dos meus amigos e a
única coisa que eu queria era ir para minha casa, tomar um banho e dormir. E
então, quando eu me sentisse normal outra vez e pudesse reassentar meus
pensamentos, talvez pudesse refletir sobre aqueles acontecimentos que me
tiraram completamente a razão.