Quando comecei a trabalhar na empresa eu não havia perdido dois quilos, mas engordado três. Dentro daquele uniforme nada sexy senti-me uma ridícula entre as minhas duas colegas beldades. No entanto fui muito bem recebida, o que reduziu um pouco minha sensação de inferioridade. O serviço era fácil e agradável. Eu simplesmente tinha que informar às pessoas que entravam na agência onde ficava o lugar que elas desejavam ir. Simples. Havia momentos de grande movimento. Porém, quando tudo ficava calmo era até possível manter um diálogo com Angélica e Kelly. E antes do meio dia descobri que minhas colegas eram duas vadias.
Nem Samanta Hot poderia
imaginar uma coisa daquelas. Ouvir as aventuras sexuais de Kelly e Angélica era
como ter uma aula de sexo em tempo integral. Era somente sobre isto que elas
conversavam. No início fiquei surpresa. Depois, assustada. Ser Samanta Hot
entre quatro paredes era uma coisa. Mas ser Valdirene da Silva, a última virgem
do país, entre duas putas, era bem complicado. Elas não podiam de jeito nenhum
saber que eu era virgem, mas nem namorado eu tinha para disfarçar. Teria que
inventar muitas coisas para não passar vergonha, além de trazer Samanta Hot
para viver comigo durante 24 horas por dia.
No primeiro dia de
trabalho fomos as três em um restaurante próximo. Era um lugar simples, sem
muito espaço, mas com a comida boa. Para falar a verdade, mal senti o gosto.
Angélica relatou todos os detalhes de sua última noitada o que me deixou
constrangida e com inveja. Kelly dava alguns apartes e eu, muda. Não havia o
que falar. Qualquer coisa que eu dissesse poderia virar contra mim. Socorro,
Samanta Hot!
Então veio a pergunta
fatal. Eu sabia que isso aconteceria, só não esperava que fosse tão cedo. E tão
rica em detalhes.
− Você curte anal?
A pergunta foi feita
para mim em alto e bom som. De repente parecia que tudo se movia em câmera
lenta e que todo o restaurante esperava ansiosamente a minha resposta. O pedaço
de bife desceu arranhando minha garganta enquanto eu encarava Angélica, a
autora da pergunta, com o olhar mais casual do mundo. Respondi tentando mostrar
todo o meu conhecimento e naturalidade sobre o assunto:
− Sexo anal é tudo. Senão tiver, não tem a menor graça.
Talvez o restaurante
inteiro tenha ouvido minha resposta, porém não ousei olhar para os lados para
confirmar. Meus olhos estavam cravados em Angélica que escutou minhas palavras
com franca admiração.
− Bravo – disse ela encantada, batendo palmas para aumentar o meu vexame.
– Você pensa como eu. Senão comerem minha bunda, não precisa nem continuar.
Nossa, pensei eu,
tomando um copo de Coca Cola de um gole só. Kelly não se fez de rogada e
emendou:
− Adoro dar a bunda. Adoro mesmo.
− Eu também. Amo – disse para corroborar mais minha mentira.
Não tive mais coragem de
olhar para os lados. O restaurante estava cheio de gente, era pequeno, as
cadeiras coladas umas nas outras. Todos os clientes já deveriam saber que eu
curtia anal. Vexame. Depois, pensando bem, resolvi relaxar. Antes acharem que
eu era uma puta do que descobrirem que eu era intocada.
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