− Acho que ele é bem dotado.
− Por que você acha isso?
− Pelo volume das calças dele. Olha bem.
Carol disfarçou e
mirou seus doces olhos azuis para o outro lado da quadra. Giba, 18 anos, aluno
do último ano, o mais popular e disputado pelas garotas. Sim, havia alguma
coisa no meio das pernas dele que se destacava. Mas, tímida que era, nunca
tinha focado seu olhar naquela direção.
− Será?
Rosana. 17 anos.
Não era das mais bonitas, contudo adorava um pau. A fama de vadia chegava
primeiro que ela. Já tinha trepado com metade da escola e alguns professores.
Menos com o Giba.
Carol. 17 anos. A
fama de que era virgem tinha diminuído um pouco depois que tinha namorado por
um mês o nerd do Carlinhos. Diferentemente da sua amiga puta, Carol era uma
princesa.
− Claro que é – os olhos de Rosana lançavam faíscas enquanto ela
estudava a anatomia do Giba. Nunca havia dado pra ele.
Era nítido para
Carol que Rosana já havia escolhido seu novo alvo. Mas com Giba seria
complicado. Ele namorava a Luana, a menina mais bonita da escola. Abraços e
chamegos eram comuns durante o recreio. Mas naquele dia Luana havia faltado à
escola e o Giba… bem, esse estava se galinhando para todas que passavam por
perto.
− Você vai fazer o quê? – Carol perguntou quando Rosana ficou
subitamente em pé.
− O que você acha? Vou até lá − Decidida, Rosana levantou-se e se
encaminhou na direção do Giba.
Ele conversava com dois amigos quando algo
lhe chamou a atenção. Há poucos metros, sem muita discrição, aquela garota
nariguda do segundo ano lhe chamava. Já havia escutado alguma coisa sobre ela,
mas a moça lhe era tão insignificante que não perdeu seu tempo com isso. E
agora a sem graça estava ali, chamando-lhe.
Sem muita vontade, Giba resolveu ver o que
ela queria. Os dois se postaram frente a frente, estrategicamente afastados dos
ouvidos humanos. Todo o pátio da escola estava com os olhos grudados nos dois.
− E aí? O que você quer?
− Tenho uma proposta. Quer ouvir?
− Proposta? Que proposta? – Giba não estava entendendo muita coisa.
− Vou estar sozinha esta tarde em casa. Quer dar uma passadinha lá?
A princípio Giba
não respondeu, em dúvida. Aquela louca estaria lhe fazendo um convite? Era sexo
o que ela queria?
− Pra quê?
− Para me comer. Fui clara ou vou ter que ser mais explícita?
Imediatamente
Giba lembrou que podia barganhar. Deu uma olhada de alto a baixo na garota. Era
a legítima Raimunda. Feia de cara, mas boa de bunda. Até que podia ser legal
se…
− Leva sua amiga junto.
− Qual?
− Aquela que anda sempre junto com você.
− A Carol?
− Sei lá. A loura.
Rosana não gostou
muito da contraproposta. Bem, depois daria um jeito de despachar Carol e ficar
só com ele.
− Tudo bem. Eu a levo.
− Ok. Onde você mora?
Menos de cinco
minutos depois, Rosana retornou para onde estava Carol. Ao sentar ao lado da
amiga, informou, triunfantemente:
− Deu certo!
− Deu certo o quê? Vocês não ficaram nem um minuto conversando.
− Ele vai na minha casa hoje.
− Não acredito! – Carol encarou a amiga, com os olhos arregalados. –
Mas como você conseguiu que ele aceitasse tão rápido?
− Ele pediu para que eu levasse você junto.
*
Carol sabia por
que tinha aceitado tão rápido participar daquela loucura. Era apaixonada
loucamente pelo Giba desde sempre. E desde sempre esperara por uma oportunidade
daquelas. Quando ele começou a namorar a Luana, ficara inconsolável. E agora,
com aquela enorme chance (talvez do tamanho do pau dele), Carol poderia mostrar
para o seu amor tudo o que Carlinhos lhe ensinara naquelas longas tardes de
domingo do seu breve namorico.
Pontualmente às
três horas da tarde o Giba apertou a campainha do apartamento de Rosana.
Vestindo uma saia muito curta e que salientava seu belo rabo, Rosana foi abrir
a porta, já sentindo a calcinha umedecer. Carol, sentada no sofá, era a imagem
do recato.
Giba entrou,
vestindo um bermudão e uma camiseta. Lindo, acharam as duas. Mas a coisa não
começou bem. Ele mal olhou para a cara da Rosana. E o pior. Só cumprimentou a
Carol.
− E aí, Carol? Tudo bem?
− Tudo ótimo – miou ela, para ciúme de Rosana.
Os três ficaram
parados sem dizer nada. Para quebrar o gelo, Rosana se aproximou dele e passou
a mão nas suas costas. Na voz, o convite:
− Quer conhecer meu quarto?
Ele olhou de soslaio
para Carol, que continuava sentada no sofá.
− Eu… claro.
− Então vem.
... continua ...
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