Naquele mesmo dia conheci minhas colegas. Seríamos três na recepção e ao
me deparar com elas, logo percebi que teria que dar uma repaginada no meu
visual o quanto antes para não ficar para trás. Angélica, negra e bem
constituída de corpo, era muito simpática e possuía um sorriso contagiante.
Elegante mesmo com aquele uniforme horroroso que eu seria obrigada a usar,
Angélica tinha todos os requisitos para ser a madrinha de bateria da Portela.
Bundão, coxão e peitão era o que se destacava naquele corpo exuberante. A outra
moça era a Kelly, tipo mignon, mas igualmente bonita. Com longos cabelos
louros, parecia uma boneca que falava, muito delicada e doce. E eu, Valdirene,
a patinha feia. Precisava urgentemente dar um jeito na minha aparência ou
ficaria virgem para o resto da minha vida.
Logo que cheguei em casa
e coloquei minha mãe a par de todas as novidades, comecei desesperadamente a
traçar um plano para sair da merda. O primeiro passo – e o mais difícil – era começar uma dieta. Calculei que
precisaria perder uns seis quilos. Pretendia chegar na empresa dali a quinze
dias com dois quilos a menos. Complicado? Era só ignorar o brigadeiro que minha
mãe estava enfiando na minha cara.
– O que é
isso, mãe? – virei a cabeça para o lado para não ter que olhar para o doce.
– Como o que
é isso? Seu doce preferido. Fiz para comemorar sua ascensão profissional.
Não resisti. Só aquela vez. Última e
derradeira vez. Anunciei:
– Estou de
dieta.
– Desde
quando?
– A partir
do momento que engolir o brigadeiro.
Dois brigadeiros depois e jurando
para mim mesma que aquilo já era passado, sentei em frente ao computador. Foi
automático. Abri o editor de texto e Samanta Hot encarnou em mim.
“A loura e a
morena. Trabalhavam juntas a cerca de seis meses. Trocavam algumas
confidências, particularidades sobre namorados, davam palpites sobre os seus
cabelos, roupas, falavam mal do chefe. A intimidade começou a aumentar sem que
ambas se dessem conta. Na noite anterior a loura havia dormido na casa da
morena. Estava triste. Flagrara o namorado a traindo com outra. E o que era
pior. Uma baranga. A morena a levou para casa, fizeram chá, beberam,
conversaram, a loura chorou. Dormiram as duas na mesma cama, coxas se
entrelaçando, os cabelos de ambas espalhados pelo travesseiro, um doce perfume
no ar. No outro dia se levantaram cedo. Tomaram café juntas, havia algo
estranho entre elas. Vieram dentro do ônibus cheio. A morena pressionando bunda
da loura cada vez que alguém queria passar. E isso continuou até depois que o
ônibus esvaziou.
A loura não
se importou. Gostou da pressão daquele quadril forte. Em algum momento teve
certeza que sentiu a mão da morena passando de leve na sua bunda. Nossa, aquilo
era gostoso. Podia passar mais vezes, se quisesse.
As duas
trabalhavam na mesma sala. Eram recepcionistas de uma grande empresa. E muito
assediadas pelos homens. Mas naquele dia a loura e a morena não enxergaram
homem nenhum. Trocaram olhares a manhã toda. Sorrisos marotos e cheios de
promessas. Quando chegou meio dia a fome que as consumia era outra. A morena
conduziu a loura direto para o almoxarifado. Conhecia bem aquele lugar. Fizera
sexo inúmeras vezes ali. Não importava o gênero, homem ou mulher. Ela precisava
era desafogar sua vontade e a loura agora estava ali, se ardendo de vontade.
Fazia bastante tempo que queria comer a boneca. Agora a oportunidade tinha
aparecido, mais forte, mais premente.
A morena não
perdeu tempo. Assim que se viram sozinhas no canto mais escuro do almoxarifado,
virou a loura de costas e baixou sua calcinha. Essa enlouqueceu. Gemeu, parecia
uma gatinha. Empinou a bunda e a morena não perdeu tempo. Enfiou a língua e deu
uma lambida bem gostosa no cuzinho da loura. Molhadinha. Gostosa. Logo a loura
passou a rebolar, a gemer. A morena se excitou. Enfiou três dedos naquela
bucetinha linda enquanto se encoxava na loura. Cada gemido da loura excitava
mais a morena. Era um furacão, as duas. O pescoço branquinho da loura já
acusava alguns roxos. A morena se lamentou não ter trazido o vibrador para
fuder aquela buceta apertadinha. A mais apertadinha de todas que já provara.
De repente a
loura se virou. Olhou bem fundo nos olhos da morena e aproximou-se dos seios
volumosos dela. Chupou com toda força, até arrancar um grito gostoso dela. A
loura se empolgou. Foi descendo pela barriga desenhada e perfeita, abriu o
fecho da calça jeans da sua amiga e visualizou os cabelinhos enrolados assim
que desceu suavemente a calcinha branca.
A morena
fechou os olhos quando sentiu a língua doce da loura vasculhando sua buceta.
Era suave, mas a chupava com vontade. Ela sentiu que teria um orgasmo ali
mesmo, no almoxarifado. A loura agarrava sua bunda, apertava, dava tapinhas,
não tirava a língua. Sua amiga tinha um gosto diferente. Muito melhor do que o
cretino com aquele pau nojento. A morena empurrava cada vez mais a cabeça da
amiga. A loura achou que seria engolida pela buceta da outra.
De repente a
morena não teve mais como segurar. O orgasmo veio com tudo, uma avalanche
incontrolável. Ela deu um grito agudo, as pernas fraquejaram, caiu de joelhos.
A loura não quis perder tempo. Meteu dois dedos no cu gostoso da morena e socou
com força até a outra ter outro orgasmo e ficar estendida no chão com a
calcinha arriada.
Quando
voltaram ambas para o trabalho à tarde estavam saciadas. Sorridentes. Não
hesitavam em se esbarrar, beliscar a bunda uma da outra. A noite prometia sexo
e loucuras. E aquele era só começo.”
Li minha história duas vezes, sem
saber se a publicava ou não. Era meu primeiro romance lésbico, totalmente
inspirado nas minhas novas e futuras colegas. Será que faria sucesso? Bom, não
custa tentar, pensei. Em poucos minutos estava no site e em menos de uma hora
os acessos se multiplicaram. Samanta Hot era um fenômeno.
Valdirene da Silva precisava
urgentemente de um pau.