quinta-feira, 29 de junho de 2017

MEU CHEFE É UMA LOUCURA (Cap. 4)





Naquele mesmo dia conheci minhas colegas. Seríamos três na recepção e ao me deparar com elas, logo percebi que teria que dar uma repaginada no meu visual o quanto antes para não ficar para trás. Angélica, negra e bem constituída de corpo, era muito simpática e possuía um sorriso contagiante. Elegante mesmo com aquele uniforme horroroso que eu seria obrigada a usar, Angélica tinha todos os requisitos para ser a madrinha de bateria da Portela. Bundão, coxão e peitão era o que se destacava naquele corpo exuberante. A outra moça era a Kelly, tipo mignon, mas igualmente bonita. Com longos cabelos louros, parecia uma boneca que falava, muito delicada e doce. E eu, Valdirene, a patinha feia. Precisava urgentemente dar um jeito na minha aparência ou ficaria virgem para o resto da minha vida.

Logo que cheguei em casa e coloquei minha mãe a par de todas as novidades, comecei desesperadamente a traçar um plano para sair da merda. O primeiro passo e o mais difícil – era começar uma dieta. Calculei que precisaria perder uns seis quilos. Pretendia chegar na empresa dali a quinze dias com dois quilos a menos. Complicado? Era só ignorar o brigadeiro que minha mãe estava enfiando na minha cara.

– O que é isso, mãe? – virei a cabeça para o lado para não ter que olhar para o doce.
– Como o que é isso? Seu doce preferido. Fiz para comemorar sua ascensão profissional.

Não resisti. Só aquela vez. Última e derradeira vez. Anunciei:

– Estou de dieta.
– Desde quando?
– A partir do momento que engolir o brigadeiro.

Dois brigadeiros depois e jurando para mim mesma que aquilo já era passado, sentei em frente ao computador. Foi automático. Abri o editor de texto e Samanta Hot encarnou em mim.

“A loura e a morena. Trabalhavam juntas a cerca de seis meses. Trocavam algumas confidências, particularidades sobre namorados, davam palpites sobre os seus cabelos, roupas, falavam mal do chefe. A intimidade começou a aumentar sem que ambas se dessem conta. Na noite anterior a loura havia dormido na casa da morena. Estava triste. Flagrara o namorado a traindo com outra. E o que era pior. Uma baranga. A morena a levou para casa, fizeram chá, beberam, conversaram, a loura chorou. Dormiram as duas na mesma cama, coxas se entrelaçando, os cabelos de ambas espalhados pelo travesseiro, um doce perfume no ar. No outro dia se levantaram cedo. Tomaram café juntas, havia algo estranho entre elas. Vieram dentro do ônibus cheio. A morena pressionando bunda da loura cada vez que alguém queria passar. E isso continuou até depois que o ônibus esvaziou.

A loura não se importou. Gostou da pressão daquele quadril forte. Em algum momento teve certeza que sentiu a mão da morena passando de leve na sua bunda. Nossa, aquilo era gostoso. Podia passar mais vezes, se quisesse.

As duas trabalhavam na mesma sala. Eram recepcionistas de uma grande empresa. E muito assediadas pelos homens. Mas naquele dia a loura e a morena não enxergaram homem nenhum. Trocaram olhares a manhã toda. Sorrisos marotos e cheios de promessas. Quando chegou meio dia a fome que as consumia era outra. A morena conduziu a loura direto para o almoxarifado. Conhecia bem aquele lugar. Fizera sexo inúmeras vezes ali. Não importava o gênero, homem ou mulher. Ela precisava era desafogar sua vontade e a loura agora estava ali, se ardendo de vontade. Fazia bastante tempo que queria comer a boneca. Agora a oportunidade tinha aparecido, mais forte, mais premente.

A morena não perdeu tempo. Assim que se viram sozinhas no canto mais escuro do almoxarifado, virou a loura de costas e baixou sua calcinha. Essa enlouqueceu. Gemeu, parecia uma gatinha. Empinou a bunda e a morena não perdeu tempo. Enfiou a língua e deu uma lambida bem gostosa no cuzinho da loura. Molhadinha. Gostosa. Logo a loura passou a rebolar, a gemer. A morena se excitou. Enfiou três dedos naquela bucetinha linda enquanto se encoxava na loura. Cada gemido da loura excitava mais a morena. Era um furacão, as duas. O pescoço branquinho da loura já acusava alguns roxos. A morena se lamentou não ter trazido o vibrador para fuder aquela buceta apertadinha. A mais apertadinha de todas que já provara.

De repente a loura se virou. Olhou bem fundo nos olhos da morena e aproximou-se dos seios volumosos dela. Chupou com toda força, até arrancar um grito gostoso dela. A loura se empolgou. Foi descendo pela barriga desenhada e perfeita, abriu o fecho da calça jeans da sua amiga e visualizou os cabelinhos enrolados assim que desceu suavemente a calcinha branca.

A morena fechou os olhos quando sentiu a língua doce da loura vasculhando sua buceta. Era suave, mas a chupava com vontade. Ela sentiu que teria um orgasmo ali mesmo, no almoxarifado. A loura agarrava sua bunda, apertava, dava tapinhas, não tirava a língua. Sua amiga tinha um gosto diferente. Muito melhor do que o cretino com aquele pau nojento. A morena empurrava cada vez mais a cabeça da amiga. A loura achou que seria engolida pela buceta da outra.

De repente a morena não teve mais como segurar. O orgasmo veio com tudo, uma avalanche incontrolável. Ela deu um grito agudo, as pernas fraquejaram, caiu de joelhos. A loura não quis perder tempo. Meteu dois dedos no cu gostoso da morena e socou com força até a outra ter outro orgasmo e ficar estendida no chão com a calcinha arriada.

Quando voltaram ambas para o trabalho à tarde estavam saciadas. Sorridentes. Não hesitavam em se esbarrar, beliscar a bunda uma da outra. A noite prometia sexo e loucuras. E aquele era só começo.”

Li minha história duas vezes, sem saber se a publicava ou não. Era meu primeiro romance lésbico, totalmente inspirado nas minhas novas e futuras colegas. Será que faria sucesso? Bom, não custa tentar, pensei. Em poucos minutos estava no site e em menos de uma hora os acessos se multiplicaram. Samanta Hot era um fenômeno.


Valdirene da Silva precisava urgentemente de um pau.

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