Quando eu casei com o Rodolfo ele
já tinha quase 50 anos. Era – e ainda é – um coroa gostoso. Me
apaixonei logo da primeira vez que eu o vi. Alto, fazendeiro, cabelos ficando
grisalhos. E rico, muito rico. Mas mesmo que ele fosse pobre de doer, eu me apaixonaria
igualmente. Rodolfo é o cara mais bem dotado que conheço. E olhe que eu já tive
muitos homens na minha vida antes dele.
Também não sou de se jogar fora.
Muito pelo contrário. Fiz 45 anos semana passada e posso dizer que chamo
atenção de muito garotão por aí. Porém se engana quem pensa que ponho chifres
na linda cabecinha do meu Rodolfo. Não preciso disso. Rodolfo me dá tudo o que
eu quero. No sexo é um expert. Faz tudo o que eu gosto e muito mais. E du-vi-do
que ele corra atrás de alguma vadia quando viaja. Mulher como eu, que mexe como
eu, ele nunca vai encontrar.
Quando nos casamos e viemos morar
na fazenda, meu enteado Ricardo já tinha uns 17 anos. Era um moleque raquítico,
com aparelho nos dentes. Um desastre. Nem parecia filho do meu amor. Aliás,
sempre suspeitei que a ex-esposa tinha corneado o Rodolfo e dali saído aquela
coisinha esquisita, que de tão tímido mal me olhava na cara. Felizmente meu
contato com Ricardo foi pouco. Não que eu não gostasse do rapaz. Só o achava
muito estranho. Se ficássemos sozinhos, o menino ficava mudo, olhando para
cima, com cara de pateta. Eu me esforçava em ser simpática todas as vezes que
ele aparecia na fazenda para visitar Rodolfo. Depois desisti. Ricardo era um
caso perdido e não seria eu quem o mudaria.
Uns seis meses depois do nosso
casamento, a mãe de Ricardo decidiu que iria morar no sul e levou o filho
junto. Rodolfo ficou bem chateado e eu dei graças a Deus. Não precisava,
sinceramente, daquele encosto na minha vida. A comunicação entre pai e filho se
dava por telefone, e-mail, mensagens instantâneas e o que mais a tecnologia
apresentasse de novo. Eu me desliguei totalmente do rapaz. E ele de mim.
Algumas vezes Rodolfo me contava alguma novidade como a faculdade, a formatura,
o primeiro emprego, a noiva. Eu me fazia de interessada e logo depois esquecia
o assunto.
Tudo aconteceu depois de uma
sessão de sexo intensa entre eu e meu marido. Acho que ele escolheu o momento
propositadamente. Eu me recuperava na cama quando Rodolfo comentou casualmente:
– Falei com meu filho hoje à tarde.
– É mesmo? – eu estava arfante,
sentindo minha vagina ardida – Ele vai bem?
– Sim, vai – depois
de uma pausa, Rodolfo prosseguiu – Ele virá nos visitar.
Não gostei daquela novidade.
Tentei disfarçar meu desgosto e perguntei de olhos fechados:
– Quando ele chega?
– Depois de amanhã. Com a noiva.
– Que ótimo.
Que merda praguejei intimamente. Eu
perderia totalmente minha privacidade com Rodolfo. Nossas trepadas na sala, na
cozinha e aonde mais nosso desejo levasse estariam suspensas por algum tempo.
– Quanto tempo, meu anjo? – encarei
meu marido fingindo estar muito satisfeita com aquela situação.
– Infelizmente por pouco tempo. Uns 3
dias. Daqui eles vão passar uma temporada no Nordeste.
Respirei aliviada. Seria mais fácil de
suportar.
– Bem, que pena. Mas ele poderá nos
visitar outras vezes, não é mesmo? – perguntei, sentindo a mão safada de
Rodolfo vasculhando o meio das minhas pernas.
– Claro – ele me beijou os lábios. Já estava
pronto para a ação de novo.
Esqueci toda aquela conversa sem graça
assim que Rodolfo me pôs de quatro e comeu meu rabinho com seu pau delicioso e
quente. Vi todas as estrelas possíveis e desabei na cama depois de um orgasmo
intenso. Onde eu arranjaria outro homem como aquele?
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