Ele não passava de um simples empregado naquela mansão. Filho dos caseiros, Toninho era um garoto de 18 anos, mirrado, cabelos loiros despenteados e sempre com disposição para trabalhar.
Toninho e seus pais viviam na
casa há uns seis meses e era comum a família receber convidados para grandes
festas. Os patrões eram generosos com os empregados e Toninho era benquisto. De
uns tempos para cá, porém, o ritmo da casa vinha se alterando constantemente. A
filha mais velha, Tamara, depois de passar 1 ano estudando no exterior
finalmente estava voltando para casa.
Havia alguns retratos da jovem
espalhados pela casa. A tal da Tamara deveria ter uns 20 anos. Era uma loira
exuberante, corpo bem proporcionado, sorriso confiante. Como não poderia deixar
de ser, Toninho logo se sentiu apaixonado por aquela garota linda, mesmo
sabendo que jamais teria uma chance sequer com ela. Talvez nem um segundo olhar
que fosse. Mas para ele isto não importava. Queria mesmo era chegar perto dela
o mais possível que fosse, aspirar seu perfume, sentir a fragrância dos seus
cabelos. Quem sabe, roçar na pele dela. No final das contas, Toninho estava tão
ansioso quanto os familiares pela chegada de Tamara.
E o grande dia chegou. Era
próximo da uma hora da tarde quando o carro estacionou no grande jardim. A
primeira visão de Toninho – escondido atrás de uns arbustos – foram as belas
pernas e uma das mãos se apoiando no mordomo para sair do carro. Em seguida
Tamara apareceu esfuziante, vestindo uma minissaia jeans e blusinha branca.
Toninho perdeu o fôlego. Sua musa conseguia ainda ser mais linda que nos
porta-retratos. Infelizmente ele não teve muito tempo para admirá-la. Tamara
logo entrou na mansão, seguida pelos pais e sendo recebida pelos irmãos ainda
na porta. Quando se deu conta, Toninho estava tendo uma ereção e bateu punheta
ali mesmo, nos arbustos, torcendo para que ninguém o flagrasse naquela situação
constrangedora. Mas Tamara merecia aquela justa homenagem.
Naquele primeiro dia Toninho não
a viu. Ficou sabendo pela mãe que a moça estava muito cansada da viagem e
pretendia ficar o dia todo dormindo. Contudo, no dia seguinte os patrões
estavam preparando uma pequena recepção para os amigos mais chegados e então
certamente Tamara daria o ar da sua graça.
Toninho sentiu seu ânimo renovar.
Somente em pensar na jovem patroa ele sentia o pau ficar duro na hora. Apesar
de ansiar por vê-la o quanto antes, sentia um pouco de medo por não saber como
iria reagir quando ficasse frente a frente com ela.
O dia seguinte amanheceu
ensolarado e quente, perfeito para horas relaxantes na beira da piscina. Foi o
que Tamara fez. Toninho levou um susto quando sua mãe, afobada na cozinha,
entregou para ele uma bandeja com uma jarra de suco e torradinhas. Eram dez
horas da manhã.
– Leve isto de uma vez para a
piscina. A filha da patroa está lá e com fome. E quando ela quer as coisas é
pra já.
Toninho sentiu as mãos trêmulas
quando pegou a bandeja. Respirou fundo. Não podia se dar ao luxo de derrubar
tudo no meio do caminho ou, pior ainda, por cima dela. Levantando os ombros
para tentar parecer mais alto e mais importante, Toninho foi em direção à
piscina, lamentando não ter ajeitado um pouco mais os cabelos. De longe avistou
sua musa deitada na cadeira tomando banho de sol com um biquíni minúsculo. Os
cabelos estavam presos em um coque e Tamara usava óculos escuros. Toninho
novamente respirou fundo. E se caísse dentro da piscina?
– Demorou, hein?
Tamara tirou os óculos e encarou
o rapaz com seus olhos verdes. Ele tentou enxergar um pouco de simpatia naquele
olhar, mas não conseguiu:
– Peço desculpas, senhora.
Tentamos fazer o mais rápido possível.
– Pode largar em cima da mesa,
por favor – disse ela, secamente, embora o encarasse com um certo interesse. –
Quem é você?
Toninho firmou a voz. Não podia
ter uma ereção naquele momento.
– Antônio, mas todos me chamam de
Toninho. Sou filho dos caseiros.
– Humm...
O garoto não soube dizer o que
significava aquele “humm”. Talvez não fosse nada. Provavelmente não era nada
mesmo.
– Muito bem. Se eu precisar,
chamo você. Pode ir – fez ela com um gesto arrogante.
– Até mais, senhora.
Toninho saiu a tempo de ir ao
banheiro bater mais uma punheta. O jeito nojento da sua nova patroa não o
abalara. Pelo contrário. Sabia que não podia esperar outra coisa dela. Talvez
se fosse uma pessoa dócil não ficasse tão excitado.
Passava um pouco das duas da
tarde. Os pais haviam almoçado e descansavam na casa que ficava nos fundos da
mansão e onde residiam. Toninho não conseguia fazer nada. Nem dormir e nem
comer. A excitação era grande. Depois que fora sumariamente dispensado por
Tamara, o garoto ficara nas proximidades esperando algum chamado, nem que fosse
para limpar os pés dela. Mas nada. Nem um chamado nem coisa nenhuma. Volta e
meia ele rondava a piscina, de longe, e tudo continuava na mesma. Às vezes
Tamara estava deitada de costas, outras de bruços. Nem se mexia. Talvez
estivesse dormindo por baixo daqueles óculos escuros.
Na sua décima ronda, ainda
atordoado com a beleza de Tamara, Toninho se aproximou da piscina e levou um
choque. Ela não estava lá. A jarra de suco estava vazia e tudo parecia
abandonado. Embora fosse mais lógico imaginar que a garota havia decidido
entrar e tomar um banho, Toninho se sentiu desesperado. Onde estava ela? Por
que não o chamara para recolher a bandeja?
Ele caminhou a esmo por alguns
instantes até que escutou gemidos próximos à churrasqueira. Toninho parou no
meio do caminho. Alguém parecia estar sofrendo. Alguém estava com dor.
Este alguém era Tamara! Os
gemidos eram dela.
Toninho inflou o peito. A
pobrezinha havia caído, se machucado e não havia ninguém para salvá-la. Mas ele
estava ali, Toninho, o super homem. Ele iria tomá-la nos braços, cuidar dos
seus ferimentos com amor e Tamara se apaixonaria então por ele. O garoto correu
em direção às churrasqueiras disposto a fazer tudo por sua amada.
De repente uma cena o fez parar
no meio do caminho. Tamara estava debruçada sobre uma mesa com um homem que ele
nunca vira. Ela estava dando o cu para o desconhecido. E a coisa parecia estar
muito boa tamanho eram os gemidos que vinham de lá.
Toninho não fez força para se
esconder. A visão de Tamara nua era de enlouquecer e ele sentiu inveja do homem
que estava fodendo ela. Os peitos dela balançavam toda vez que o cara metia
naquele cuzinho. Ele quis imensamente trocar o lugar com o comedor da Tamara.
Ela o viu entre uma fodida e
outra. Mesmo Toninho estando um pouco distante, os olhos de ambos se
encontraram. Por alguns instantes os dois se encararam até que o homem gozou na
bundinha dela. Toninho assistiu quando ele se escorou na parede para descansar
e Tamara desabou no chão, exausta. Devia estar com o cu arrombado, pensou
Toninho, louco para fazer o crime ele também.
− Ei! Qual é a sua? – perguntou o
cara.
O garoto levou um susto. Deu dois
passos para trás, tropeçou em uma pedra e caiu sentado na grama. Tanto Tamara
quanto o homem gargalharam para vergonha total de Toninho. Ele se levantou sem
olhar para o casal, virou as costas e disparou para a casa onde vivia com os
pais. Não teria coragem de olhar para Tamara outra vez na vida.
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