As pernas bambas de Aline a
levaram para dentro do prédio e ela logo se viu no elevador. Respirou fundo
enquanto subia para o seu ninho de prazer. Somente esperava para que Emerson
não a barrasse na porta e não fizesse nenhum escarcéu.
Aline endireitou os ombros quando
o elevador parou. Precisava mostrar segurança. Quando a porta abriu saiu com um
sorriso confiante nos lábios. Emerson também sorria até ver quem era.
Imediatamente ele fechou a cara, não acreditando no que estava vendo.
− Ei, você mentiu para o
porteiro. Você não é a Larissa.
Ela caminhou feito uma serpente e
parou em frente a ele. Emerson estava sem camisa, revelando suas tatuagens.
Dele vinha um perfume muito gostoso.
− Sou a Aline e vim lhe mostrar o
que é bom.
Usando de toda sua força, Aline o
empurrou para dentro do apartamento e fechou a porta. Quando o encarou
novamente, ela afirmou se sentindo a mulher mais poderosa do mundo:
− Agora você vai ver o que é
fazer um sexo gostoso.
Ele riu bem debochado.
− Com você?
Ela não gostou muito do tom de
voz dele, mas tentou não se abater. Largou a mochila sobre a mesa e com mais
força ainda o jogou em direção ao sofá, onde Emerson caiu sentado. O garoto não
teve nem tempo de respirar. No momento seguinte, Aline estava montada sobre
ele, arrancando o top e puxando a saia para cima. Ela estava sem calcinha para
facilitar.
Emerson podia ter reagido, mas
não o fez. Aline colocou sua timidez em algum lugar do corpo e o beijou. Ele
mal usou a língua, porém o importante era o contato. As mãos urgentes dela
procuram a bermuda do garoto e com alguma dificuldade Aline conseguiu abri-las.
Esperou que dali fosse sair o maior pau que já tinha visto na vida.
Muito antes pelo contrário.
Cabe esclarecer que o Emerson já
estava até de pau duro. Afinal, ele era homem e mesmo que Aline nunca houvesse
lhe interessado na vida, a situação ali era inusitada. Por que não aproveitar?
Carina estava gripada mesmo... Aline não conseguiu disfarçar a surpresa. O cacete
do Emerson não fazia jus a ele. Não era possível. Mas o que era aquilo? Tão
pequeno assim? E Carina? Se servia como?
Ela resolveu fazer de conta que
aquilo não importava e arrancou o top, mostrando seus seios para o Emerson.
Depois tentou se ajeitar melhor sobre o pau dele para ser penetrada de uma vez
por todas. Sua empolgação já não era tão grande agora, mas ela se esforçou. Deu
alguns gemidinhos quando sentiu a língua dele nos seus peitos. As mãos dele
desceram para os quadris dela enquanto Aline se acomodava melhor. Logo sentiu o
pau dele entrando na sua bucetinha. Droga, esquecera a camisinha dentro da
mochila. Azar.
Aline se mexeu, tentando dar mais
animação ao ato. Emerson, pelo contrário, era devagar. Ela, que esperava um
sexo selvagem e enlouquecedor, não acreditava no que estava vendo. Até mesmo as
mãos que ainda passeavam pelos seus peitos faziam isto sem garra. Não era
possível que Carina se sujeitasse a trepadas tão sem graça como aquela.
Emerson fechou os olhos e
murmurou palavras que Aline não entendeu. Ela o cavalgou mais rápido, gemeu,
puxou os cabelos dele. Ele ficou na mesma. Nem mesmo quando Aline pediu para
ele bater na sua bunda, Emerson se animou. Em uma última tentativa de esquentar
o clima, Aline levou a mão dele direto para o seu cuzinho. Quem sabe isto
fizesse com que Emerson explodisse? Foi pior ainda. O dedo dele nem chegou
perto do cu da Aline e, por fim, uns dois segundos antes de ele gozar (sim, ele
gozou), a garota foi empurrada para o lado, desabando no chão.
Bem, pelo menos ele não gozou
dentro, disse Aline para si mesma sentada no tapete peludo que fazia cócegas na
sua bunda. Devagar, sempre devagar, Emerson se levantou, foi até o banheiro e
se lavou. Aline olhou as horas. 15h05min. Cruzes! Nunca havia transado assim
tão rápido, nem mesmo com o retardado do Miguel.
Quando Emerson voltou para sala
encontrou Aline em pé e recomposta, com a mochila nas costas.
− Bem, eu vou indo. Melhoras para
Carina.
Ele não disse nada. Nem sequer
abriu a porta para ela sair. Inconformada, Aline entrou no elevador, saiu do
prédio sem olhar para o porteiro e pegou o celular. Sua melhor amiga precisava
ser informada da grande novidade.
− Oi, Debbie. Saí de lá agora. É,
foi tudo muito rápido mesmo. E sabe o motivo? ELE NÃO TEM PEGADA.
A decepção foi tão grande que
Aline chegou em casa e não saiu mais. Débora bem que tentou animá-la por
WhatsApp, mas não teve jeito. Ela, que sonhara ser Emerson um homem perfeito, se
sentia sem chão. E o grande mistério da humanidade era saber por que a Carina
ainda o namorava. A resposta só podia ser uma: era tão sem graça quanto o
próprio.
No outro dia pela manhã Aline se
perguntou como faria para encará-lo. Bem, se ele falasse qualquer coisa, Aline
revelaria todos os segredos sórdidos daquela transa. Aliás, Emerson tinha mais
motivos para temê-la do que ao contrário. Ela chegou uns cinco minutos antes de a
aula começar e assim que pôs os pés na sala, percebeu um burburinho, um clima
diferente. A maioria dos colegas já havia chegado. No quadro, em letras garrafais,
estava escrito bem assim:
O EMERSON NÃO TEM PEGADA.
Por algum motivo aquilo não havia
sido apagado ainda. Débora estava sentada e encarou a amiga com vontade de rir.
Aline ficou roxa. No fundo da sala estava ele, Emerson, furioso. Os amigos o
rodeavam, algumas garotas o consolavam, outros se cutucavam. Ninguém ria, com
exceção da Debbie que fazia força para se conter. Aline aterrissou do lado dela
sem olhar para ninguém.
− Quem foi que escreveu aquilo? –
perguntou fingindo procurar alguma coisa no caderno.
− Eu, é claro – sussurrou ela. –
Ele que vá aprender a trepar direito.
− Ele vai achar que fui eu.
− Se ele fizer qualquer coisa
contra você, é só escancarar.
Naquele momento, uma das amigas
da Carina – que continuava gripada e em casa – foi até o quadro e apagou tudo.
Pronto. Emerson voltara a ser o que era antes.
O cara perfeito. SQN.
A fama que Emerson ficou fez o
namoro com a Carina ir por água abaixo em menos de um mês.
Tudo culpa da Aline. Danem-se os
homens sem pegada.
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